Atualização, 31 de outubro de 2020, 15h03: a presente matéria foi atualizada com nova nota da Stratum, bem como foram removidas as imagens das conversas após a obtenção de novas informações pelo CriptoFácil.
Stratum é um grupo com sede em Hong Kong que atua no Brasil.
Seu CEO, Rocelo Lopes, defende bastante a ideia de não obrigar seus clientes às etapas de identificação (KYC, na sigla em inglês).
Recentemente, o CriptoFácil recebeu informações sobre clientes que estão tentando retirar Bitcoins da plataforma. Contudo, não estão tendo sucesso em seus saques.
De acordo com as informações enviadas ao CriptoFácil, um cliente da plataforma administrava uma “rede”. Ou seja, ele movia Bitcoins que pertenciam a ele e outras pessoas.
Ainda segundo as informações, o cliente possuía cerca de 15 a 18 BTC presos na Stratum. O usuário da plataforma então relata que chegou a um acordo.
Segundo o acordo firmado em dezembro de 2019, seria possível sacar 0,5 BTC mensalmente, até que todo o saldo fosse retirado. Contudo, ao chegar em 6 BTC, o cliente não conseguiu mais retirar seu saldo restante.
Em junho deste ano, o cliente propõe diretamente a Rocelo Lopes por WhatsApp deixar parte dos Bitcoins na plataforma. Em troca, parte do valor supostamente retido seria liberado.
Em outro trecho da conversa, Lopes responde que o setor de conformidade de Hong Kong travou as transações.
Desta forma, ele está liberando por conta própria alguns valores antes que as transações cheguem até o setor responsável.
Ainda segundo Lopes, as transações foram bloqueadas por serem envios fracionados partidos do mesmo endereço para diferentes contas. Assim, a sede da empresa resolveu investigar tais transações.
Mais adiante, o CEO da Stratum afirma que algo no endereço de origem dos Bitcoins está dando uma “mega dor de cabeça”. Porém, não o problema não foi especificado.
Toda a cobrança feita pelo usuário, que teve início em junho deste ano, dura até o fim de setembro. Então, uma reclamação no Reclame Aqui é feita sobre os atrasos.
Entretanto, após a reclamação, Lopes afirmou ao cliente que a empresa conduzirá as transações somente por meio do setor jurídico.
Até então, conforme informado pelo usuário ao CriptoFácil, o montante de 1,5 BTC restante ainda não foi liberado.
Em nota encaminhada ao CriptoFácil, a Stratum se posicionou sobre o ocorrido:
“Este caso em específico, assim como outros casos, estão sendo analisados pontualmente pelo Compliance em Hong Kong, tendo em vista que a Stratum segue as normas e legislações do país onde está sediada.
A relação Stratum/usuário está abarcada pela confidencialidade e sigilo, desta forma, não há possibilidade de transmissão de informações que possam eventualmente expor os usuários de maneira inconforme.”
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