Um site na deep web está supostamente vendendo bombas atômicas e uma das formas de pagamento aceitas é o Bitcoin. Segundo informações do Downs Hacker, seriam três modelos comercializados, Nuke #1; Nuke #3 e Little Boy, chegando até 50 BTC pelo modelo “mais caro”. Ainda segundo a reportagem, os vendedores mudam constantemente o link da venda e o antigo domínio agora está sendo redirecionado para um aplicativo de mensagens estilo WhatsApp.
Embora as fotos e a descrição possam sugerir que tratam-se de equipamentos originais e exista toda uma “mística” em torno da deep web e de seu potêncial de um lugar onde tudo poderia ser negociado, comercializa
do e produzido, tudo indica que, no máximo, são réplicas de modelos (Nukle #1 Fatman e Litthe Boy) usados pelos EUA para atacar as cidades japonesas de Hiroshima e Nakasaki.
Construir uma bomba nuclear não é uma tarefa simples e tampouco barata ou acessível a pessoas ou empresas. Para se ter uma ideia, o projeto Manhattan, que culminou com a produção das primeiras bombas atômicas durante a segunda guerra mundial, custou mais de US$2 bilhões para os cofres norte-americanos, sem contar os inúmeros testes que “destruíram” territórios em todo o mundo, como o Atol de Bikini (de onde surgiu o nome do biquini da praia) que foi dizimado por mais de 20 testes com bombas de hidrogênio e bombas nucleares.
Além disso, especialistas em relações internacionais de todo o mundo apontam que, após os ataques na Segunda Guerra, este tipo de armamento não foi feito para ser “usado” pois poderia dizimar a vida na Terra e virou uma espécie de “arma política”, com a finalidade de dividir o poder global.
Ente os inúmeros processos e procedimentos necessários para fazer uma bomba nuclear é necessário ter a tecnologia para “enriquecer” o urânio em mais de 20%. No entanto, o urânio enriquecido abaixo de 20% também é usado em outros procedimentos como geração de energia e procedimentos médicos. Para regular este uso há, entre outros, o Tratado de Não proliferação de armas nucleares (TNP), do qual o Brasil é signatário e referência por sua relação com a Argentina, na qual um país “fiscaliza” o outro.
Embora o TNP tenha surgido para “impedir” o desenvolvimento de armas nucleares e “congelar” a Guerra Fria, nações com Paquistão, Israel e Coreia do Norte desenvolveram armas nucleares sem autorização’ do TNP, tendo inclusive Israel sendo uma das poucas nações do globo que não aderiu ao tratado.
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