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Se Bitcoin fosse adotado globalmente, inflação acabaria, mas haveria um colapso mundial, diz revista

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A Revista Superinteressante publicou uma reportagem sobre o que aconteceria se todos os países do mundo seguissem os passos de El Salvador e adotassem o Bitcoin como moeda oficial.

A resposta, segundo a reportagem assinada por Fábio Marton e Alexandre Versignassi, é que a inflação acabaria. No entanto, para os autores, isso não seria necessariamente positivo, muito pelo contrário. 

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Bitcoin como moeda global

Conforme destacou a reportagem, o Bitcoin é um ativo volátil, o que dificulta seu uso como uma moeda corrente.

“Pessoas comuns dificilmente aceitariam usar como meio universal de troca algo cujo poder de compra é imprevisível. Mas vamos jogar com a hipótese de que dê a louca nos Bancos Centrais e eles decidam que não existem mais moedas nacionais. Só Bitcoin”, propõem os autores.

Nesse cenário, sem nenhuma outra moeda fiduciária, o preço do Bitcoin se tornaria estável, pois não haveria com o que compará-lo.

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Além disso, a criptomoeda, obviamente, passaria a ser usada na compra de produtos e serviços.

De acordo com a matéria, após a estabilização da moeda digital, haveria o fim das políticas monetária, algo que é considerado uma premissa de qualquer governo.

A superinteressante explica que os países tentam manter sua economia controlada “mexendo” no valor de sua moeda em relação às outras:

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“Se a moeda é desvalorizada, as exportações se tornam mais baratas e as importações, mais caras. Nessa situação, os produtores nacionais são beneficiados no curto prazo, e a economia se aquece. Para desvalorizar a moeda artificialmente, é necessário imprimir dinheiro: quanto mais cédulas há em circulação, menos elas valem.”

Nessa dinâmica, a inflação surge quando há mais dinheiro em circulação do que produtos e serviços disponíveis para compra.

Para controlar isso, os bancos centrais retiram dinheiro de circulação, pegando dinheiro emprestado dos bancos comuns e oferecendo juros cada vez maiores.

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Os autores explicam que, ao tirar dinheiro de circulação, o BC fortalece a moeda, mas enfraquece a economia. Afinal, com menos dinheiro, os negócios caem, o consumo diminui e o desemprego cresce.

No entanto, é assim que os sistemas econômicos funcionam.

Bitcoin acabaria com inflação, mas geraria colapso

Assim, se o Bitcoin virasse uma moeda global, não haveria mais inflação. Contudo, Marton e Versignassi afirmam que, caso a economia “travasse” não haveria o que fazer.

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Isso porque o Bitcoin tem uma quantidade limitada de moedas preestabelecida por design. Ou seja, os bancos não poderiam, simplesmente, imprimir mais BTC ou retirá-los de circulação:

“1929 está de prova. Uma quebra da bolsa seguida de uma cascata de falências bancárias secou o crédito no mercado. O dinheiro deixou de circular, basicamente. O governo americano, porém, decidiu que era hora de levar o padrão-ouro a sério e não imprimir dinheiro novo. O resultado foi a Grande Depressão, que traria de reboque uma guerra mundial. Adote-se o Bitcoin como moeda única e teremos um colapso parecido em mãos.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.