O estado de New Hampshire deu mais um passo para integrar o Bitcoin (BTC) às suas reservas financeiras, aprovando um projeto de lei que permite a alocação de fundos públicos no ativo digital. A iniciativa se junta a um movimento crescente nos Estados Unidos, onde outros estados buscam criar uma reserva de Bitcoin estratégica.
Na quarta-feira (6), o Comitê de Comércio e Assuntos do Consumidor da Câmara de New Hampshire aprovou o House Bill 302 (HB 302) por uma votação expressiva de 16 a 1. O projeto agora segue para votação no plenário da Câmara estadual.
A proposta autoriza o tesoureiro do estado a alocar até 5% dos fundos públicos em Bitcoin. Além disso, permite investir em metais preciosos como ouro, prata e platina.
Apesar de não mencionar explicitamente o Bitcoin, o projeto determina que apenas ativos digitais com capitalização de mercado superior a US$ 500 bilhões sejam elegíveis para a reserva. Ou seja, trata-se de um critério que, atualmente, apenas o Bitcoin atende. Afinal, a criptomoeda possui um valor de mercado de cerca de US$ 1,8 trilhão, de acordo com dados do CoinGecko.
O movimento das reservas estaduais de Bitcoin ganhou respaldo no cenário federal. No último domingo, o presidente Donald Trump declarou apoio à criação de uma Reserva de Criptomoedas dos EUA, com Bitcoin e Ethereum no centro da iniciativa.
O HB 302 foi introduzido pelo deputado republicano Keith Ammon, com coautoria dos democratas Chris McAleer e Carry Spier. Conforme destacou Ammon, a proposta visa diversificar a alocação de recursos públicos.
“Estamos vinculados ao dólar americano, gostemos ou não, mas isso permitiria ao estado investir uma pequena parcela em uma classe de ativos não correlacionada”, disse Ammon em janeiro.
New Hampshire não está sozinho nesse movimento. Outros estados também avançam em legislações semelhantes:
Apesar do crescimento desse movimento, nem todos os estados estão dispostos a seguir o mesmo caminho. Dakota do Sul, Montana, Pensilvânia, Dakota do Norte e Wyoming, por exemplo, rejeitaram iniciativas semelhantes.
Os estados citaram preocupações com a volatilidade do Bitcoin e sua adequação como ativo público.
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