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Região da China tem excesso de energia e incentiva mineração de Bitcoin

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Uma cidade na província chinesa de Sichuan emitiu recentemente um aviso incentivando a indústria de mineração de Bitcoin a ajudar a consumir a energia hidrelétrica excessiva da região antes da estação das chuvas, que geralmente começa em maio. O custo de energia é um dos principais fatores para determinar a rentabilidade de equipamentos de mineração de BTC.

De acordo com o documento emitido pela cidade de Ya’an, a iniciativa do governo local tem o objetivo de definir a cidade como um exemplo na utilização excessiva de energia hidrelétrica. Além disso, a expectativa é transformar a cidade em “um centro da indústria de blockchain”. Para isso, o governo está convocando empresas para aproveitar a oportunidade estratégica trazido pelo setor de blockchain e convidando as principais empresas de blockchain e mineração de Bitcoin para aproveitar suas vantagens em recursos hidrelétricos.

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“As empresas de Blockchain devem construir fábricas próximas a usinas de energia com excesso de energia e integradas à State Grid”, diz a orientação.

Apoio pioneiro à mineração de Bitcoin

Esta é a primeira vez que um governo local emitiu explicitamente um documento para apoiar a mineração de Bitcoin desde 2018, depois que o governo central chinês expressou sua atitude negativa em relação à operação de “desperdício de recursos“.

A província de Sichuan vem se estabelecendo como uma capital mundial de mineração de Bitcoin desde 2017, principalmente devido a sua energia hidrelétrica barata (menos de US$ 0,03 / kWh), baixa densidade populacional e clima frio para seu terreno montanhoso. Estima-se que apenas a província de Sichuan seja responsável por mais de 50% do hash rate global do Bitcoin.

Para se ter uma ideia do potencial energético da região, o desperdício de energia registrado no ano passado, durante o período de chuvas (época em que há mais geração de energia na região já que sua produção é baseada em usinas hidroelétricas) foi de 9,2 bilhões de quilowatts-hora, o que poderia alimentar mais de 820.000 ASIC S9 funcionando 24 horas por um ano.

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Seguindo a prática de Ya’an, acredita-se que mais cidades no sudoeste da China, abundante em hidrelétricas (províncias como Sichuan, Yunan, Guizhou, etc), podem se abrir para a mineração de Bitcoin nas estações chuvosas.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.