Economia

Real digital deve ser lançado no fim de 2024 com negociação de título público

O Brasil segue avançando para lançar sua moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês). O chamado “real digital” deve chegar ao mercado entre o fim de 2024 e o início de 2025, segundo estimativas mais recentes. De acordo com Fabio Araújo, coordenador do projeto do real digital no Banco Central (BC), o cronograma para implementação da CBDC nacional prevê a finalização dos estudos que estão em andamento.

Real digital e negociação de título público

A expectativa é que o projeto piloto tenha início no segundo trimestre de 2023 e dure cerca de 18 meses. No entanto, Araujo destacou que pode haver atrasos:

“Temos alguns problemas naturais, pode ser que o cronograma seja dilatado”, disse Araujo no evento “Encontro Lift: Real Digital” em Brasília. “Teria fase de piloto de 18 meses, para acertar o funcionamento. Esperamos ter uma visibilidade melhor depois do que é real digital, casos de uso. E, se tiver com tudo azeitado, o que é muito difícil, no fim de 2024 ou início de 2025 seria lançado. É muito difícil esse cronograma”, completou ele no evento realizado pelo BC e pela Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac),

Ainda segundo Araujo, é “praticamente certo” que o piloto do real digital terá integração com negociação de algum título público pelo sistema Selic. Além disso, ele informou que o piloto terá limitações de públicos, horários e valores.

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Real digital com foco na descentralização

Enquanto isso, o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso, deu outras pistas sobre alguns casos de uso do real digital. De acordo com Damaso, a CBDC do Brasil será a principal ligação entre o sistema financeiro atual e o que está sendo construído, com foco em operações financeiras descentralizadas. Ou seja, operações sem intermediários.

“O real digital é parte do novo sistema financeiro que está se construindo. O processo de tokenização é a última etapa de digitalização dos ativos”, disse Damaso na abertura do Lift.

O diretor do BC também destacou que o real digital vai proporcionar redução de custos, mais transparência nos processos e a possibilidade de extrair valor de ativos. Além disso, Damaso ressaltou que o fomento à inovação faz parte da missão do BC

“O importante para o BC é que todo o desenvolvimento e o produto final tenha integridade, que é o que vai dar credibilidade e trazer crescimento perene. No sistema financeiro, é preciso ter credibilidade e confiança, senão o produto provavelmente vai sumir. Por isso, buscamos incorporação de tecnologias. Mas de forma íntegra e perene para o SFN.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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