Uma operação da Polícia Civil de São Paulo desarticulou uma quadrilha que agia roubando dados na internet e extorquindo o proprietário para não divulgar as informações. O grupo especializado em crimes de extorsão por meios digitais pedia um “resgate” em Bitcoin pelos dados.
A Operação Peregrino, deflagrada na última quarta-feira, dia 15 de julho, foi comandada pelo Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas). E, segundo informações publicadas na coluna Agora São Paulo, da Folha de S. Paulo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão na capital paulista.
Seis suspeitos de integrar a quadrilha foram levados para prestar depoimento e estão detidos.
O grupo teria invadido e-mails pessoais e funcionais de empresários e de suas empresas. Assim, eles usavam telefones celulares e computadores para acessar informações sigilosas. Em seguida, os criminosos entravam em contato com as vítimas para extorquir o dinheiro.
Segundo apurou a investigação, apenas na última terça-feira (14), o grupo teria acessado de forma remota 60 vezes a mesma agência bancária. O que chamou a atenção das autoridades.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Ivalda Aleixo, as investigações começaram no final do ano passado. Isso porque, uma das vítimas, que trabalha em um grande escritório de advocacia, denunciou o crime de extorsão à unidade.
O advogado disse que estava sendo chantageado por informações colhidas em seu próprio e-mail.
Assim, com acesso aos dados graças ao auxílio de um hacker, os criminosos estariam pedindo dois milhões em Bitcoin para não compartilhar as informações pessoais do advogado com terceiros.
A investigação usou quebras de sigilos telefônicos e bancários, bem como análise de documentos. Desta forma, conseguiram identificar alguns membros da quadrilha que tem base na zona leste da capital paulista.
Para executar a operação, trinta policiais e 14 viaturas foram deslocadas para ajudar nas apreensões. Com isso, foram apreendidos cerca de 200 chips eletrônicos, dois computadores, celulares e anotações, nas casas dos suspeitos.
A investigação prossegue para identificar a prender outros possíveis integrantes da quadrilha.
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