O preço do Bitcoin ganhou novo impulso nesta semana após o Standard Chartered Bank prever que a criptomoeda pode alcançar US$ 200 mil até o final de 2025. O relatório, assinado por Geoff Kendrick, chefe global de pesquisa em ativos digitais do banco, destaca a crescente desconfiança nos sistemas financeiros tradicionais como fator-chave para o avanço da moeda digital.
De acordo com Kendrick, o desgaste na autonomia do Federal Reserve preocupa investidores, especialmente após declarações de Donald Trump sugerirem a substituição de Jerome Powell no comando da autoridade monetária. Esse tipo de incerteza institucional tende a impulsionar ativos descentralizados como o Bitcoin.
Nesta terça-feira (22), o Bitcoin atingiu seu maior valor em seis semanas, ultrapassando a marca de US$ 91.400, com uma alta de 3,7% em 24 horas. Para o Standard Chartered, esse movimento representa apenas o início de um novo ciclo de valorização.
Kendrick argumenta que o BTC atua como proteção contra choques financeiros, tanto no setor privado quanto no público. Ele citou episódios como a quebra do Silicon Valley Bank em 2023 e o aumento do prêmio dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos como sinais de alerta.
A principal força por trás dessa nova onda otimista é a percepção de que o Bitcoin oferece um sistema transparente, imune à influência política direta.
“Sua natureza descentralizada se torna mais valiosa conforme aumentam os riscos institucionais”, disse o executivo no relatório.
Além disso, a tensão comercial entre China e Estados Unidos criou instabilidade nos mercados acionários. Enquanto isso, o Bitcoin manteve sua estabilidade, reforçando sua imagem como porto seguro em meio ao caos macroeconômico.
Dessa forma, se a previsão de Kendrick se concretizar, o Bitcoin encerrará 2025 com alta de 125% em relação ao valor atual. Assim, elevando seu valor de mercado para cerca de US$ 3,8 trilhões. E não para por aí: o analista projeta US$ 500 mil até 2028, apoiado no avanço da adoção institucional.
O histórico do banco dá peso à previsão. Em ciclos anteriores, o Standard Chartered acertou ao antecipar que o ativo atingiria US$ 100 mil até o fim de 2024, puxado por aportes institucionais.
As incertezas em torno do Federal Reserve, especialmente com a possibilidade de Trump intervir diretamente na política monetária, continuam elevando o risco de instabilidade. Para investidores, isso reforça o apelo por ativos que escapam da influência estatal — e nesse cenário, o Bitcoin surge como protagonista.
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