Por que não existem mais mulheres no universo do Bitcoin?

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Pesquisas mostram que existe uma diferença discrepante da participação de homens e mulheres no universo das criptomoedas. De acordo com recente pesquisa realizada pela Harris Poll, empresa de pesquisa norte-americana, os homens possuem ou já possuíram Bitcoin duas vezes mais que as mulheres, e quase três vezes mais homens estão propensos a comprar a moeda digital nos próximos cinco anos. Além disso, os homens também têm uma visão mais positiva em relação ao Bitcoin (17% versus 7% das mulheres). Dados do Google Analytics estimam que menos de 4% dos usuários de Bitcoin são mulheres.

A principal razão da baixa participação das mulheres no universo do Bitcoin é que as indústrias tecnológicas, no geral, são dominadas por homens. Geralmente eles são introduzidos no mundo da tecnologia desde mais novos e apesar de iniciativas destinadas a encorajar mulheres a trabalharem com programação, o número de estudantes de informática do sexo feminino no Reino Unido caiu nos últimos 10 anos, por exemplo.

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Por sua inovação e disruptura, o Bitcoin é constantemente comparado com a internet, que por sua vez também teve seus primeiros adeptos predominantemente do sexo masculino. Um grau de conhecimento era necessário para utilizar a web naquela época e o mesmo vale para o Bitcoin hoje. Embora a experiência do usuário do Bitcoin tenha melhorado graças ao desenvolvimento da camada de aplicação, existem muitos casos de chaves privadas perdidas, moedas enviadas para endereços errados e tentativas de fraudes. São problemas que podem ocorrer inclusive com pessoas experientes em tecnologia.

Para que o Bitcoin seja visto como um possível sistema global de pagamento e de reserva de valor, não será permitida a exclusão de nenhum perfil de pessoa. Apesar de não existir impedimentos para que mais mulheres se envolvam com a moeda digital, pouco também está sendo feito para incentivá-las. Existem diversos relatos de mulheres que já disseram sentir-se excluídas e repreendidas em um ambiente predominantemente composto por homens.

A mudança desse cenário exige ação em relação ao comportamento. A comunidade do Bitcoin é incrível, mas também é intimidadora e excessivamente machista. Por que alguém gostaria de se juntar à isso? Iniciativas como o evento “Women in Bitcoin“, realizado em Londres e em São Francisco, por Rhian Lewis e Paige Freeman, são necessárias, porém só reiteram que o Bitcoin é, em grande parte, um “clube para homens“.

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O Bitcoin não se faz apenas de programação. Design de interface, estética e facilidade de uso abrirão as portas da moeda digital para as massas. Um maior movimento pode ser feito pela comunidade para chegar até as mulheres com o intuito de aumentar a conscientização sobre a criptomoeda.

As mulheres não querem que as coisas sejam cor-de-rosa e fáceis, e sim produtos que atraem seus interesses. Quando o Bitcoin começar a satisfazer às suas necessidades, dando o devido espaço à elas e fornecendo produtos que agreguem valor às suas vidas, teremos progredido.

Se razões igualitárias não estimulam os desenvolvedores a atender às mulheres, os incentivos financeiros certamente irão. Há um grande número de mulheres com rendas consideráveis e com interesse em coisas do universo digital. Os mais inteligentes aproveitarão da grande oportunidade de negócio que as mulheres representam para o Bitcoin.

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O Bitcoin é uma tecnologia moderna e disruptiva, capaz de promover privacidade e proporcionar liberdade financeira aos indivíduos, que deve beneficiar-se da inteligência e potencial de consumo das mulheres. Qualquer comportamento diferente a esse será totalmente contrário à proposta de revolução prometida pela moeda digital.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.