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De acordo com uma publicação do jornal Folha Vitória do dia 18 de fevereiro, um ex-policial federal e um policial federal ainda em atividade recebiam R$150 mil reais para alterar dados constantes no banco de dados da autoridade policial.
Segundo a notícia, parte do valor era pago em criptomoedas. Após a deflagração da Operação Ousadia, no dia 18 de fevereiro, foram apreendidos 5,15 BTC e R$ 1.485.576,43.
A Polícia Federal do Estado do Espírito Santo começou a desconfiar de serviços internos, após um suspeito proibido de deixar o território nacional por decisão da Justiça Federal, com seu nome incluído no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos, deixou o país através de um aeroporto internacional.
A autoridade policial decidiu investigar a alteração feita no sistema e descobriu que um ex-policial prometia manipular o sistema mediante pagamento de R$150 mil, devendo parte do pagamento ser efetuado em criptomoeda – embora a reportagem não especifique a proporção entre criptomoeda e moeda fiduciária.
O esquema contava com um policial ainda na ativa à época dos fatos, que efetuava o pedido do ex-policial envolvendo alterar dados do sistema.
Foram realizadas prisões e buscas por valores, com mandados cumpridos nas cidades de Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Brasília/DF e Florianópolis/SC. Ao todo, foi determinado o bloqueio de R$ 1.485.576,43 dos envolvidos e foram apreendidos 5,15 BTC – embora não tenha sido informado se a quantia advém de carteiras dos envolvidos, ou se alguma corretora participou do bloqueio.
Os membros do esquema serão investigados pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e inserção de dados falsos no sistema. A prática foi considerada “ousada” pela Polícia Federal, razão pela qual a operação recebeu o nome de Ousadia.
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