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As criptomoedas atuarão para ajudar pessoas que, durante a pandemia, tiveram sua renda prejudicada por conta dos lockdowns.
Trata-se do impactMarket, que tem como foco a criação de uma Renda Básica Universal (UBI, na sigla em inglês). O programa foi lançado em 2020 e utiliza a stablecoin Celo Dólar (cUDS) e sua blockchain.
A impactMarket atingiu a marca de US$ 350 mil cUSD distribuídos. Na cotação atual, o valor corresponde a cerca de R$ 2 milhões.
A iniciativa da impactMarket foi lançada em fevereiro de 2020 e já atende nove países. A grande maioria dos projetos foi executada no Brasil, com mais de 10 mil pessoas recebendo auxílio.
No Brasil, a stablecoin cUSD também foi utilizada pela exchange FlowBTC. A empresa doou R$ 110 mil em cUSD para 6 instituições selecionadas em todo o país.
O projeto funciona por meio de cadastro e avaliação. As instituições e associações interessadas devem cadastrar seus projetos sociais ou comunidades no impactMarket.
Feito isso, a plataforma lista os projetos aprovados em seu aplicativo. Com isso, doadores do mundo todo, sejam pessoas físicas ou jurídicas, podem fazer suas contribuições.
As doações são encaminhadas diretamente para os usuários através da Bitfy ou outra carteira com suporte à cUSD. Assim, os beneficiários podem utilizar o valor da forma que acharem mais conveniente.
Os beneficiários podem ser tanto pessoas físicas quanto instituições de apoio social. De acordo com o português Marco Barbosa, CEO da plataforma, já são 19 estados brasileiros com iniciativas cadastradas.
“A impactMarket pode ajudar os usuários a escolher para onde enviar suas doações e até aportar fundos no mesmo valor que o doador”, afirmou.
O uso da tecnologia blockchain é o principal diferencial do projeto. Ela possibilita transações instantâneas e o acompanhamento em tempo real de todas as movimentações financeiras.
Com isso, os responsáveis por cada projeto recebem o dinheiro de forma direta, sem precisar de intermediários. E como as transações são auditáveis, o impactMarket garante transparência e autenticidade.
“É impressionante ver como esta tecnologia permite fazer coisas que antes não eram possíveis e chegar a comunidades onde mais ninguém consegue chegar. Lugares onde muitas vezes a maioria das pessoas não são bancarizadas, muitas não têm documentos ou têm seus documentos bloqueados pelo governo, lugares em que muitas vezes há hiperinflação da moeda local”, afirma Barbosa.
Não é à toa que o segundo país com mais projetos cadastrados é a Venezuela. Os nossos vizinho sofrem há anos com uma inflação destrutiva, que acabou por disseminar o uso das criptomoedas por lá.
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