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PF prende suspeitos de lavar dinheiro da pirâmide de criptomoedas Unick Forex

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Na manhã desta quarta-feira (24), agentes da Polícia Federal (PF) deflagraram uma operação cujos alvos eram os suspeitos de terem ajudado a lavar dinheiro de origem ilícita da suposta pirâmide financeira de criptomoedas Unick Forex. Ao longo da “Operação Templo da Máscara II”, a PF prendeu três pessoas e cumpriu cinco mandados de busca em Curitiba, no Paraná.

De acordo com a nota da PF, o objetivo da ação era desarticular um grupo que praticava crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Isso inclui, por exemplo, captação de recursos de terceiros não autorizada e lavagem de dinheiro.

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Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a PF executou ordens judiciais para sequestro de valores e quebrou o sigilo fiscal e bancário dos investigados. A 7ª Vara Federal de Porto Alegre foi quem emitiu os mandados.

Operação Templo da Máscara II

Conforme informou a PF, as investigações tiveram início a partir da análise de informações obtidas no âmbito da Operação Lamanai, que ocorreu em 2019.

Aquela ação descobriu que, por meio de uma empresa paraense voltada à educação financeira, os suspeitos captavam recursos de terceiros. A promessa era firmar um contrato de investimento-anjo, prometendo retornos bem acima dos praticados no mercado.

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“O cumprimento dos mandados judiciais tem como objetivo parar a continuidade da prática delitiva, identificar o destino dos valores ainda ocultos e permitir a realização de diligências policiais sem a interferência dos investigados, que buscavam orientar testemunhas durante o inquérito policial”, disse a PF.

Ainda segundo a PF, os suspeitos presos são suspeitos de realizar operações financeiras irregulares. Além disso, eles teriam promovido captação de recursos de terceiros sem a autorização legal e enviado dinheiro para o exterior para ocultar a sua origem ilícita.

Sobre a Unick Forex

A PF estima que o grupo ocultou mais de R$ 100 milhões de recursos da Unick, alvo da investigação da Operação Lamanai.

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Apontada como um dos maiores esquemas de pirâmide do Brasil, a Unick também é conhecida como Unick Forex e Unick Academy.

Com sede em Nova Hamburgo, no Rio Grande do Sul, a empresa operou no mercado entre 2017 e 2019. A empresa prometia retornos de 30% fixos ao mês com supostas aplicações em criptomoedas.

Em 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu uma ordem de suspensão das atividades da empresa. Mas a Unick não cumpriu o stop order. Meses depois, o esquema começou a ruir e a empresa deixou de pagar os lucros prometidos. Por fim, a Unick foi fechada em 17 de outubro de 2019 pela Operação Lamanai, deflagrada pela PF.

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De acordo com as investigações da PF, os investidores da Unick tiveram um prejuízo de R$ 12 bilhões. Além disso, estima-se que o número de investidores lesados seja algo em torno de 1 milhão. Conforme informou a PF, a Unick chegou a mover cerca de R$ 28 bilhões nos anos em que operou.

Em junho do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) concluiu que a empresa lavou R$ 269 milhões por meio de empresas de fachada.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.