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PF apreende R$ 150 milhões em Bitcoin da GAS na maior apreensão de criptomoedas do Brasil

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A Polícia Federal apreendeu 591 Bitcoins, equivalentes a R$ 150 milhões, do dono da empresa GAS Consultoria Bitcoin, Glaidson Acácio dos Santos, alvo da Operação Kryptos, deflagrada na quarta-feira (25).

Segundo a PF, é provável que esta seja a maior apreensão de criptomoedas e valores em espécie, somados, do Brasil. Agora, as moedas digitais serão liquidadas e ficarão à disposição da justiça

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Os 120 agentes que foram deslocados para cumprir diversos mandados apreenderam também R$ 13.825.091, 100 libras esterlinas, barras de ouro, 21 carros de luxo, diversos relógios de alto valor, joias, aparelhos eletrônicos, incluindo carteiras de criptomoedas, e documentos.

Na casa de Glaidson, os agentes retiraram malas de dinheiro vivo, entre reais, dólares e euros.

Para contabilizar a quantia, a PF precisou recorrer a uma empresa de valores. Além disso, foi necessário pedir um carro-forte para transportar os malotes até o local da contagem.

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Segundo as investigações, o chefe do GAS Consultoria Bitcoin movimentou em suas contas bancárias R$ 2 bilhões.

5 presos na Operação Kryptos

No balanço parcial enviado ao CriptoFácil, a PF também confirmou a prisão de cinco suspeitos.

No estado do Rio, a PF prendeu o dono da GAS, Glaidson, em uma mansão na Zona Oeste do Rio, trader Arthur Leite, sócio da GAS e outra pessoa ainda não identificada.

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A esposa do investigado, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, também é suspeita de integrar o esquema. Mas ela conseguiu fugir para os Estados Unidos.

Os outros dois investigados foram presos em São Paulo. Um deles é Tunay Pereira Lima, detido no Aeroporto de Guarulhos, quando tentava embarcar para Punta Cana, na República Dominicana.

De acordo com a PF, os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, por gestão fraudulenta de instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão.

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Conforme apurado pela CNN, Glaidson passará por audiência de custódia nesta quinta-feira (26). Em nota, a deseja do acusado se manifestou:

“A defesa de Glaidson Acácio está ciente da prisão e até o momento sem acesso ao conteúdo das investigações. Apenas após a devida análise de toda documentação é que poderemos nos manifestar de forma concreta.”

Sobre a GAS Consultoria Bitcoin

Com sede na cidade de Cabo Frio (RJ), a empresa GAS Consultoria Bitcoin prometia lucros de 10% ao mês sobre supostas aplicações em criptomoedas.

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Contudo, as investigações revelaram que a GAS não realizava, de fato, aplicações em moedas digitais. Além disso, a empresa ainda é apontada como a maior pirâmide financeira da cidade.

Em 2019, a empresa foi investigada pelo Ministério Público e pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM). Os órgãos apuraram se a empresa funcionava como uma pirâmide financeira disfarçada de aplicações em Bitcoins.

Sócio da GAS pede ajuda para acalmar clientes

Após a prisão de Glaidson, os chamados “consultores” receberam áudios em grupos de WhatsApp pedindo que tranquilizassem os clientes:

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“Contamos com você, consultor, para poder acalmar os nossos clientes”, disse um homem ligado ao dono da GAS. “Essa suspeita de que é uma pirâmide e tudo mais. Tá [sic] sendo feitas denúncias. Passou no jornal, isso e aquilo outro. A Polícia Federal decretou a prisão preventiva dele para que ele preste os esclarecimentos… Para que ele também não cause nenhum obstáculo nas investigações… Isso é padrão da Polícia. Isso é normal acontecer”, disse.

O homem também confirmou que o negócio continua de pé e que o pagamento do dia 26 “já está na conta”:

“Daqui a pouquinho o pessoal do financeiro vai estar liberando esse valor. E a gente vai pra cima. O trabalho vai continuar (…) porque o trabalho da GAS não depende do Glaidson, como ele mesmo falou na última reunião. E a gente vai seguir em frente.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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