Segurança

Pesquisadores propõem ‘token reversível’ em Ethereum para conter o roubo de cripto; entenda

À medida que as criptomoedas ganham popularidade, cresce o número de golpes envolvendo esses ativos. Graças à blockchain, em vários casos é possível “seguir o dinheiro” e tentar recuperar os fundos roubados em golpes.

Mas muitos casos ficam impunes e a não reversibilidade das transações impede, muitas vezes, a devolução do dinheiro. É no que acredita um grupo de pesquisadores de blockchain da Universidade de Stanford, nos EUA.

Com base nisso, eles estão propondo um novo padrão de token construído em Ethereum (ETH) que seria capaz de suportar transações reversíveis. A ideia do grupo é tentar conter os casos de roubo de ativos digitais.

Token reversível na rede ETH

Uma das pesquisadoras líderes da iniciativa é Kaili Wang. No último domingo (25), Wang compartilhou a proposta de tokens reversíveis em Ethereum em sua conta no Twitter. Segundo ela, essa seria uma forma de ajudar a conter golpes e roubos de criptomoedas. Também contribuíram com a proposta os pesquisadores de Stanford Dan Boneh e Qinchen Wang.

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O novo padrão de token proposto recebeu o nome de ERC-20R como um formato reversível de ERC-20 e ERC-721R para ERC-721.

De acordo com Wang, as transações reversíveis ajudariam muito a aliviar a questão de projetos e investidores serem vítimas de hacks e golpes.

“Bilhões em criptomoedas roubados. Então, se nós não podemos impedir os roubos, podemos reduzir os efeitos nocivos? Nos últimos meses, alguns outros pesquisadores de Stanford e eu desenhamos e prototipamos o ERC-20R/721R para suportar transações reversíveis em Ethereum”, disse ela no Twitter.

Ela esclareceu, no entanto, que a proposta só permite reverter as transações em caso de aprovação por um quórum descentralizado de juízes.

Passo a passo para reverter transações de roubo

Ela também divulgou um passo a passo de como seria isso. Em primeiro lugar, ao perceber o roubo, a vítima solicita o bloqueio dos fundos roubados.

“Bloquear significa não permitir que os fundos saiam da conta em que estão”, explicou ela.

Em seguida, haveria a decisão dos juízes do tribunal descentralizado por meio de voto para aceitar ou rejeitar o bloqueio, com base em evidências preliminares. Então, se o “sim” vencer, o bloqueio é ocorre.

Depois, os juízes votam para reverter ou descongelar os fundos, de acordo com as evidências de cada uma das partes. Por fim, se a reversão foi acordada, os fundos são devolvidos à vítima e “a justiça é, assim, restaurada”.

“Esta não é uma proposta de como as transações reversíveis devem parecer na forma final. Em vez disso, é uma proposta para provocar discussão e soluções ainda melhores da comunidade. Melhorias, divergências ou alternativas – esperamos vê-las todas”, disse ela.

Conforme divulgou Wang, essa proposta de token reversível foi citada por Vitalik Buterin ainda em 2018.

“Alguém deveria aparecer e emitir um ERC20 chamado “Ether Reversível” que é 1:1 apoiado por Ether. Mas tem uma DAO que pode reverter as transferências em N dias”, disse ele.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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