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Paxos revela lastro da stablecoin da Binance pareada em dólar

Após USDC e USDT, a Paxos revelou o lastro de PAX e BUSD, a stablecoin da Binance. Aparentemente, a reunião de órgãos reguladores dos Estados Unidos assustou as emissoras de stablecoin.

De acordo com uma publicação no blog da Paxos, PAX e BUSD são 96% lastreadas por “dinheiro e equivalentes”. A título de comparação, USDC e USDT são 61% e 76% lastreadas desta forma, respectivamente.

Entretanto, assim como a Circle, a Paxos não revelou quanto dos 96% é representado por dinheiro em caixa.

Corrida para “regularização”

A publicação foi feita nesta quarta-feira (21) por Dan Burstein. Burstein é chefe de compliance da Paxos e, logo no início do texto, questiona a Circle sobre uma declaração.

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Ele afirma ter recebido com descrença e indignação a afirmação que o USDC se tornou a stablecoin lastreada em dólar mais confiável do mundo.

O executivo da Paxos fala até mesmo da Tether, afirmando que o USDT não é regulamentado. De fato, Burstein tem razão, uma vez que apenas PAX, BUSD e Gemini Dollar são regulamentadas nos Estados Unidos.

É importante ressaltar que, embora o BUSD seja stablecoin da Binance, ela é emitida em parceria com a Paxos. A publicação então traz uma imagem revelando a divisão do lastro de BUSD e PAX.

Enquanto 96% são compostos de “dinheiro e equivalentes”, os 4% restantes são lastreados por títulos do tesouro estadunidense.

Sobre os “equivalentes a dinheiro”, a imagem afirma que são “investimentos altamente líquidos de curto prazo que podem ser convertidos imediatamente em dinheiro, que representam riscos insignificantes”.

O problema é que, assim como a Circle, a Paxos não revela quanto é lastreado com dinheiro em caixa. Não apenas isso, como também não detalha quais são os investimentos.

De qualquer forma, isso não impediu a empresa de dar mais algumas alfinetadas em suas concorrentes:

“Usuários que desejem tolerar o risco de um token lastreado por apenas 61% de dinheiro ou equivalentes (no caso do USDC) ou 5% (no caso da Tether) devem ser livres para corrê-lo — além de estarem sujeitos, claro, às leis de títulos financeiros”, diz um trecho do documento.

Tether foi a mais transparente

Surpreendentemente, a Tether foi a mais transparente das três empresas até então. Além de destrinchar seus investimentos, a empresa afirmou quanto dinheiro em caixa possui para lastrear sua stablecoin.

A Circle, embora tenha dado certo detalhamento a alguns dos investimentos, não afirmou quanto dinheiro tem em caixa. A Paxos, por sua vez, sequer detalhou quais são seus “investimentos altamente líquidos”.

Vale pontuar ainda que a Paxos sequer apresentou um relatório baseada em auditoria de terceiros. O que resta agora é aguardar a próxima empresa emissora de stablecoin se posicionar sobre lastro.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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