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Pagamentos em Worldcoin seguem proibidos no Brasil após ANPD negar recurso da TFH

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) rejeitou na terça-feira (25) o recurso da empresa Tools For Humanity (TFH) e decidiu manter a proibição de pagamentos em criptomoeda pela coleta de íris no Brasil. A medida atinge diretamente o projeto World, criado para distribuir tokens WLD em troca de dados biométricos.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e confirma que a empresa não atendeu às exigências legais. De acordo com a ANPD, a prática ainda configura contraprestação financeira pela entrega de dados pessoais sensíveis, o que viola as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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Mesmo com propostas de ajustes no aplicativo e um pedido de mais 45 dias para adaptação, a ANPD negou o prazo adicional. Além disso, a autoridade alegou que a suspensão poderia ocorrer de imediato, com medidas simples, como o cancelamento de novos agendamentos.

O ponto central da decisão está na proteção do consentimento livre e informado. Dessa forma, a diretora Miriam Wimmer destacou que a oferta de dinheiro ou criptomoeda pode induzir pessoas a aceitarem riscos que não compreenderam completamente.

Imagem Diário Oficial da União

Worldcoin com problemas no Brasil

A Worldcoin vinha oferecendo 25 WLD no ato do cadastro, com expectativa de entregar até 48,5 WLD em um ano. Com o token valendo cerca de US$ 0,93, o valor financeiro envolvido tornou-se relevante, especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade.

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Preço da Worldcoin – Imagem: CoinGecko

A ANPD ainda determinou uma multa diária de R$ 50 mil caso a TFH retome as atividades de forma indevida. Todos os pagamentos devem permanecer suspensos, tanto em WLD quanto em qualquer outro formato, até nova decisão.

Além do Brasil, o projeto liderado por Sam Altman, CEO da OpenAI (dona do ChatGPT), também está em conversa com reguladores em países como Argentina, Portugal e Hong Kong.  Assim, mesmo com a suspensão, os centros físicos da Worldcoin continuarão abertos, apenas para prestar informações ao público. A empresa ainda precisa apresentar, em até 10 dias úteis, um documento oficial que comprove o fim das recompensas.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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