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Nova Iorque proíbe parcialmente a mineração de criptomoedas

A cidade de Nova Iorque promulgou uma moratória de dois anos sobre as operações de mineração de criptomoedas de Prova de Trabalho (PoW, na sigla em inglês). A promulgação da lei foi feita pela governadora Kathy Hochul, eleita no início do mês de novembro.

Em sua declaração, Hochul disse que quer que Nova Iorque siga sendo o centro da inovação financeira. No entanto, ela enfatizou a importância da proteção ambiental:

“Vou garantir que Nova Iorque continue a ser o centro da inovação financeira. Ao mesmo tempo, tomarei medidas importantes para priorizar a proteção do nosso meio ambiente.”

Na prática, a medida congela por dois anos a emissão de novas licenças para operações de mineração de criptomoedas que usam PoW. A lei já havia sido aprovada pelo Senado de Nova Iorque no mês de junho. Mas Hochul ainda não havia assinado por causa do lobby da indústria de cripto, de acordo com a Bloomberg.

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Mineração de Bitcoin em Nova Iorque

A cidade de Nova Iorque se tornou um lugar atraente para empresas de mineração de cripto. Isso porque possui fontes hidrelétricas baratas. Além disso, a região possui instalações de fabricação abandonadas e usinas de energia com infraestrutura elétrica subutilizada.

Contudo, as empresas do setor, sobretudo as que mineram via PoW, atraíram forte reação de grupos ambientais locais. Afinal, essas mineradoras de BTC precisam usar muita energia elétrica para minerar e podem pôr em risco as metas de redução de emissão de carbono na região.

No ano passado, por exemplo, alguns moradores do interior reclamaram de uma instalação local de mineração de Bitcoin, que teria transformado o lago Seneca em uma “banheira de hidromassagem”. Por conta disso, em junho do ano passado, começou-se a falar sobre uma proibição parcial da mineração em Nova Iorque.

O setor de mineração fez um forte lobby contra o projeto de lei, alegando que a proibição sufocaria a expansão do setor. Ainda assim, Hochul promulgou a moratória. Vale destacar que essa nova lei não é tão severa quanto os projetos de lei propostos antes, que queriam proibir qualquer atividade de mineração no estado por três anos. A assembleia rejeitou este rascunho e o deputado Robert Smullen e outros oponentes da moratória a chamaram de “antitecnologia”.

Mas Hochul defende que a lei é um passo crucial para evitar o aumento das emissões de carbono. Além disso, a nova lei prevê que o Departamento Estadual de Conservação Ambiental faça um estudo sobre os efeitos ambientais da mineração de ativos digitais por Prova de Trabalho (PoW).

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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