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Nova aplicação do Telegram contém falhas de segurança e dados de usuários podem ser facilmente hackeados

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A Virgil Security, Inc., uma importante empresa que presta serviços de segurança na área de criptomoedas, publicou um relatório que levanta preocupações sobre a segurança do Telegram Passport, uma nova aplicação anunciada pela rede social que pretende ser uma espécie de identidade digital podendo ser utilizada por outros aplicativos para garantir a identidade do usuário, como pela operadora de serviços digitais ePayments, que já anunciou suporte ao serviço. O ePayments suporta transações com criptomoedas como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Bitcoin Cash (BCH) e Litecoin (LTC).

No Telegram Passport, os documentos de identificação pessoal de usuários, como passaportes, carteiras de identidade e licenças de motorista, são armazenados na nuvem do Telegram. Esses documentos são criptografados para que os usuários possam verificar suas identidades em serviços de terceiros sem expor seus dados pessoais.

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Segundo a Virgil, isso não é seguro, pois o Telegram usa o algoritmo “Secure Hashing Algorithm 2 (SHA-512)”, que é criptograficamente fraco,

“É 2018 e uma GPU de nível superior pode verificar a força bruta cerca de 1,5 bilhão de hashes SHA-512 por segundo”, segundo a Virgil.

A empresa de segurança acrescentou que o LinkedIn foi invadido em 2012, o portal usava o protocolo de criptografia SHA-1, assim como o LivingSocial, outro portal que foi invadido e perdeu 50 milhões de senhas. Por isso “é surpreendente que o Telegram tenha decidido usar um sistema de proteção de senha tão fraco”, adverte a Virgil, que completa que “a ausência de assinatura digital permite que seus dados sejam modificados sem que você ou o destinatário seja capaz de identificar”.

Em um post em seu blog oficial, o Telegram escreveu que o serviço era criptografado de ponta a ponta e usava uma senha que somente o usuário sabia. No entanto, esta pesquisa mostra que as brechas presentes nos códigos tornam o usuário vulnerável a hackers. Algumas das alternativas fornecidas pela Virgil incluem SCrypt, BCrypt, Argon2, BrainKey e Pythia.

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Em agosto de 2016, hackers expuseram os números de telefones de 15 milhões de usuários do Telegram iraniano. Naquela época, um sistema de autenticação de usuários que usava o SMS para concluir o processo permitia o ataque. Como o Passport contém informações confidenciais, ele pode ser alvo de hackers. Cabe agora ao Telegram lidar com a situação e melhorar a segurança desse “produto de alto perfil”.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.