Economia

‘Nós defendemos os banqueiros’, diz chefe do BCE, Lagarde sobre criptomoedas

Christine Lagarde, chefe do Banco Central Europeu (BCE), participou de um painel do Banco da França ao lado de Jerome Powell, do Federal Reserve dos EUA. Na ocasião, Lagarde compartilhou os seus pensamentos sobre as moedas digitais de banco central (CBDCs, na sigla em inglês) e o setor de finanças descentralizadas (DeFi).

Conforme destacou Christine Lagarde, a evolução das criptomoedas é algo “tempestuoso”. Segundo ela, as criptomoedas começaram como um hype cultural impulsionado por libertários e promovido por Satoshi Nakomoto. Mas agora ela é uma ferramenta amplamente aceita por empresas como PayPal, Mastercard e Visa.

Além disso, Lagarde afirmou que, no lado mais sombrio dessa “moeda enigmática”, estão os golpistas. Como exemplo, ela citou o colapso de Terra (LUNA), nomeando especificamente Do Kwon, que está fugindo das autoridades.

De acordo com Lagarde, dados de 2010 mostram que entre 10 e 15% dos europeus e estadunidenses já têm investimentos em cripto. Com base nisso, reguladores, agências de proteção ao consumidor e supervisores financeiros agora estão atentos aos desenvolvimentos do setor.

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Banco Central

Lagarde também discutiu o impulso que o setor cripto criou ao introduzir formas mais inovadoras de pagar de forma digital. Países como a Suécia, por exemplo, já removeram completamente o dinheiro físico. Enquanto isso, na Áustria não são permitidos pagamentos em dinheiro acima de US$ 10.000 euros.

Então, Lagarde se concentrou em como o dinheiro digital será mais proeminente em muitos países ocidentais, com o Banco Central como principal âncora.

“Nós defendemos os banqueiros. Temos operado sobre uma âncora monetária em relação aos bancos comerciais e ao dinheiro privado. Se não estivermos nesse jogo, se não estivermos envolvidos em termos de dinheiro digital do banco central, corremos o risco de perder o papel de ‘âncora’, que desempenhamos há muitas décadas”, disse.

Por fim, Lagarde disse que a história mostrou que quando o dinheiro não foi emitido por um Banco Central, ele acabou falindo e levando as pessoas consigo. Portanto, para ela, as criptomoedas têm que estar em segundo plano, e não em primeiro.

“Esse certamente foi o caso na época do ‘free banking’ no século XIX. Queremos voltar àqueles dias? Provavelmente não, eu diria. Certamente não do nosso ponto de vista. Como resultado disso, nós temos que responder à demanda por esses pagamentos digitais para manter o papel de âncora que temos desempenhado”, concluiu.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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