O controverso projeto da primeira criptomoeda emitida por um Estado, o Petro, da Venezuela, supostamente suportado por barris de petróleo ainda não explorados no país, tem se mostrado cada vez mais uma possível fraude organizada pelos governantes venezuelanos. Um recente levantamento feito pelo portal de notícias CCN, revelou que nem o presidente Nicolás Maduro e tampouco as agências governamentais sabem especificar qual é o real valor da criptomoeda que também não guarda nenhuma correlação com os barris de petróleo que seriam seu balizador de valor.
Uma análise das fontes oficiais do governo feita pelo portal mostrou que a criptomoeda possui valores substancialmente diferentes. De acordo com o site do Banco Central da Venezuela, o valor do Petro é de 9 mil bolívares soberanos. Em seu website, ele apresenta taxas de câmbio que confirmam esse valor e que afirmam que um dólar americano é igual a 638,18 bolívares soberanos. Assim, um Petro estaria estimado em pouco mais de US$14.
Desde o seu anúncio, o governo da venezuela tem feito uma campanha tanto interna quanto externa pela sua adoção, obrigando que empresas estatais a passarem a comercializar o criptoativo, pagando aposentadorias com a criptomoeda e até mesmo sugerindo que a Organização Mundial dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) utilizasse o Petro como unidade universal de valor para definir os preços do Petróleo em todo o mundo.