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A criptomoeda com foco em privacidade Monero (XMR), que valorizou mais de 22% na última semana com a confirmação de um hard fork em de julho, virou a “queridinha” dos cibercriminosos que promovem ataques de ransomware.
De acordo com um relatório recente da empresa de inteligência CipherTrace, os invasores de ransomware exigiram cada vez mais pagamentos em XMR em 2021. Naturalmente, eles continuam aceitando a maior criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC).
Ransomware é um tipo de malware que visa restringir o acesso ao sistema infectado. Em seguida, os invasores cobram um resgate em criptomoedas para que o acesso seja restabelecido.
Segundo o relatório, a maioria dos grupos de cibercriminosos que pedem “resgates” em Monero são relativamente novos”. No total, há pelo menos 22 grupos de ransomware que aceitam apenas XMR como pagamento. Enquanto isso, outros sete aceitam BTC e XMR.
Além disso, os analistas da CipherTrace encontraram um total de mais de 50 grupos que usam XMR. Vale destacar que a lista daqueles que exigem pagamentos em Bitcoin é bem superior a 1.000.
“Bitcoin (BTC) continua a ser o sistema de pagamento preferido. Mas Monero (XMR) subiu agudamente em adoção por grupos ransomware”, destaca a CipherTrace.
O relatório também ressalta que enquanto alguns grupos de ransomware exigem apenas XMR, outros oferecem a possibilidade de o pagamento ser também em BTC. No entanto, cobram uma “taxa extra” se a vítima optar por pagar em BTC.
“Os preços mais altos para o BTC provavelmente são vistos pelos agentes do ransomware como um prêmio por lidar com o aumento do risco de usar uma criptomoeda facilmente rastreável como o BTC”, explicam os pesquisadores da CipherTrace.
O DarkSide, grupo por trás do ataque à Colonial Pipeline, por exemplo, aceita BTC e XMR. Entretanto, cobra um preço de 10 a 20% mais alto para pagamentos em BTC.
Da mesma forma, o grupo BlackMatter Ransomware, um novo grupo que supostamente está ligado ao DarkSide, tem o mesmo esquema de aceitação de pagamento em BTC e XMR, com pagamentos de resgate em BTC 25% mais caros.
De qualquer forma, os pagamentos com criptomoedas nos ataques de ransomware não são tão expressivos.
No primeiro semestre de 2021, os pagamentos de ransomware relatados totalizaram US$ 590 milhões. Contudo, os pagamentos em que os invasores exigiram BTC ou XMR representaram apenas 5,7% de todas as transações.
Já os pagamentos em que os invasores exigiram apenas XMR representaram apenas 0,4% de todas as transações.
Como mencionado, nos últimos dias o preço de Monero saltou. Apenas nas últimas 24 horas, XMR valorizou quase 9%. No momento da escrita, a criptomoeda está custando US$ 278,49.
A provável razão para a alta é o hard fork previsto para 16 de julho, que atualizará a privacidade e o desempenho geral da rede Monero.
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