Blockchain e saúde são dois conceitos que já se relacionam há algum tempo. O CriptoFácil já noticiou sobre o ZHealth, um projeto brasileiro cuja proposta é armazenar dados médicos de pacientes em uma blockchain, a fim de que estes sejam acessados de qualquer lugar de forma segura e transparente.
Já foi relatado também como a tecnologia blockchain poderia ter evitado as mortes por sarampo no Brasil, guardando informações sobre vacinações e demais dados médicos relevantes.
Durante um painel da Futurecom, evento focado em transformação digital que reuniu toda a América Latina na capital paulista entre os dias 28 e 31 de outubro, o Ministério da Saúde anunciou a Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS).
Conforme noticiou o IP News nesta quarta-feira, 30 de outubro, a RNDS é uma rede que usa containers virtuais em nuvem para cada estado, possibilitando que todas as unidades de saúde troquem informações por meio de uma blockchain.
O Coordenador Geral de Sistemas de Informação e Operação do Ministério da Saúde Henrique Nixon explicou durante a palestra:
“Com a RNDS e essa troca de informações é possível evitar fraudes e não repetir exames, por exemplo. Atualmente, gasta-se muito dinheiro com exames, que às vezes o paciente nem vai buscar. Além disso, há um processo de atendimento rápido, então há muitas informações para o médico tomar decisão sobre o cuidado do paciente.”
Juntamente com a RNDS, foi anunciado ainda o aplicativo mobile Meu DigiSUS, que permite monitorar o agendamento de exames e procedimentos controlados pelo Sistema de Regulação (SISREG) e pelo sistema da Atenção Básica (e-SUS AB), além das opções de agendamento e cancelamento de consultas.
O usuário terá acesso às informações de 12 sistemas, dentre eles o Cadastro Nacional de Usuário do SUS (CADSUS) e o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Sobre o aplicativo, Nixon afirmou:
“É uma plataforma que o cidadão pode consumir os serviços que o governo disponibiliza e ver tudo que está acontecendo no seu CPF. É importante saber quais estabelecimentos acessaram seu prontuário, quais informações foram geradas e quais medicamentos foram dispensados. Então, por meio do aplicativo, você empodera o cidadão para ser o agente da fiscalização.”
Leia também: A tecnologia blockchain poderia evitar mortes por sarampo no Brasil