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Mineradora Marathon realiza primeira venda de Bitcoin da sua história

Pela primeira vez na sua história, a mineradora Marathon Digital Holdings (MARA) realizou uma venda de Bitcoin (BTC). O anúncio veio durante a conferência de resultados da empresa, que revelou uma venda de 1.500 BTC.

Com base na cotação atual, a venda gerou uma receita de R$ 179 milhões para a mineradora, que também minerou 687 BTC em janeiro. Trata-se de um valor recorde e 45% a mais do que o total de BTC minerado em dezembro.

Lucros e despesas

De acordo com a empresa, o objetivo da venda foi simplesmente realizar lucro com a forte valorização do BTC em janeiro. Ou seja, a empresa aproveitou o recente rali no mercado de criptomoedas para monetizar parte desses ganhos.

Além disso, a venda de BTC também servirá para cobrir parte das suas despesas. A Marathon destaca que a produção de BTC segue em alta e, portanto, o momento atual representa uma boa janela de venda.

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“Com a produção de Bitcoin aumentando e se tornando mais consistente, tomamos a decisão estratégica de vender parte de nossos Bitcoins, conforme planejado anteriormente. Usaremos o valor para cobrir algumas de nossas despesas operacionais e para propósitos corporativos gerais”, disse o presidente e CEO da Marathon, Fred Thiel. 

Antes da venda, a mineradora tinha 12.918 BTC em suas reservas. Isso significa que a Marathon vendeu cerca de 11,6% de seus BTC. Por fim, a Marathon ainda possui cerca de 11.418 BTC em sua reserva.

A mudança alinha a estratégia da mineradora com alguns de seus pares, incluindo a Riot Platforms (RIOT), que começou a vender alguns de seus BTC minerados no ano passado. De fato, a Marathon estava entre os poucos mineradores que não realizavam lucros com a venda da criptomoeda.

A decisão provavelmente veio depois que o preço do BTC subiu cerca de 40% em janeiro. Na conferência, a mineradora afirmou que pretende continuar a vender parte de seus novos BTC este ano, para financiar seus custos operacionais mensais.

Dados da rede

Em termos de participação na rede, a Marathon afirmou que atingiu um poder de processamento (hash rate) operacional de 11 exahash por segundo (EH/s) em janeiro. Para o primeiro semestre de2023, a empresa espera e planeja atingir 23 EH/s.

De acordo com o BTC.com, o hashrate da rede do Bitcoin está atualmente em torno de 282,55 EH/s, o que implica que a Marathon tem cerca de 4% de participação. A empresa disse que extraiu um recorde de 687 bitcoins, um aumento de 45% em relação a dezembro do ano passado.

“A melhoria em nossa produção de BTC ocorreu como resultado da capacidade de nossa equipe de trabalhar em conjunto com o novo provedor de hospedagem em McCamey, Texas, para resolver a manutenção e problemas técnicos no data center de King Mountain que havia suprimido nossa produção de bitcoin no quarto trimestre de 2022”, disse Thiel.

As ações da mineradora subiram na quinta-feira (2), acompanhando o restante do setor. No entanto, as ações caíram cerca de 4% nas negociações pós-mercado, já que o BTC perdeu parte de seu ímpeto e também abriu o dia em queda.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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