Economia

Mineradora Core Scientific supera falência e voltará ao mercado

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A Core Scientific, que já foi a maior mineradora de Bitcoin (BTC) do mundo, está pronta para retomar suas atividades. A empresa disse que seus planos envolvem até a volta das suas ações para a bolsa de valores.

De acordo com um comunicado oficial da empresa, o Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul do Texas confirmou o plano de reorganização do Capítulo 11. Com a aprovação do Tribunal de Falências, a Core Scientific deverá reestruturar suas funções e voltar 100% para o mercado.

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Além disso, a empresa terá suas ações de volta na Nasdaq até ao final de janeiro de 2024. Conforme noticiou o CriptoFácil, a mineradora entrou com pedido de recuperação judicial em 2022, no auge da crise do mercado. Na época, as ações da empresa já tinham caído 98% e a Core Scientific chegou a receber ofertas para evitar a falência.

Core Scientific saindo da falência

De acordo com os termos do plano, a partir do dia 23 de janeiro, os acionistas receberão ações ordinárias e garantias da Core Scientific, representando cerca de 60% do novo patrimônio da empresa. No entanto, esta data é apenas uma estimativa e pode mudar conforme decisão da empresa

Isto inclui o exercício de garantias dados aos acionistas existentes e a emissão de novas ações através da oferta de direitos de capital. Essas garantias estão nas mãos dos investidores como uma forma de proteção contra uma eventual falência da empresa

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Se todas as garantias forem exercidas em dinheiro e os rendimentos utilizados para liquidar dívidas, a empresa pode reembolsar totalmente sua dívida existente. Ou seja, isso traria uma redução de aproximadamente US$ 1 bilhão do saldo da empresa.

“A confirmação do plano de hoje é um momento decisivo em nossa reorganização. Estamos preparados para até o final deste mês voltar como uma empresa ainda mais forte, com uma equipe altamente motivada e alinhada para o sucesso. Com a demanda por Bitcoin e computação de alto valor continuando a aumentar, esperamos criar valor para nossos acionistas. Além disso, queremos trazer novos planos e melhorar a estrutura da companhia”, disse Adam Sullivan, CEO da Core Scientific.

O plano de reorganização inclui a equivalência patrimonial de cerca de US$ 400 milhões em créditos garantidos e não garantidos, ao mesmo tempo que reduz o serviço anual da dívida em aproximadamente US$ 60 milhões.

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Além disso, a empresa deve receber US$ 95 milhões em capital de giro, derivado de uma oferta de direitos de capital de US$ 55 milhões com subscrição excessiva. Outros US$ 40 milhões virão em financiamento de dinheiro novo por meio do mecanismo de saída de US$ 80 milhões fornecido por certos detentores de notas conversíveis.

Uma jornada de reorganização

A Core Scientific era a maior mineradora de Bitcoin em termos de poder de computação (hashrate) até 2022. No entanto, aquele ano marcou uma forte queda nos preços do BTC, o que afetou os mineradores. Diversas gigantes do setor buscaram proteção contra falência por causa da forte queda nos preços, que afetou o lucro dos mineradores.

De acordo com a empresa, as dívidas variaram entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões, mostrando o impacto da queda do mercado. Já a base de credores da empresa variava entre 1.000 e 5.000, sendo o maior deles o banco de investimentos B. Riley.

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A recuperação da empresa coincidiu com um aumento nos preços do BTC para US$ 43.000, impulsionado pelo interesse renovado dos investidores após a aprovação dos ETFs à vista nos Estados Unidos. E o halving do Bitcoin, previsto para abril, também contribuiu para aumentar o interesse dos mineradores.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.