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Mais dois Forks devem acontecer na blockchain do Bitcoin

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Depois de 01 de agosto de 2017, podemos dizer que surgiu uma nova “mania” no mundo das criptomoedas, particularmente, na principal moeda do mercado: o Bitcoin.

O hard fork de agosto, o primeiro a dividir a rede em duas moedas, gerou a terceira maior moeda em capitalização de mercado, o Bitcoin Cash, que não ativou o SegWit, por acreditar que o aumento do bloco, até então proposto, de 2MB não seria suficiente para resolver os problemas da Blockchain do Bitcoin.

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Aspectos ténicos a parte, ao que tudo indica, porém, o movimento, liderado pelo pool ViaBTC, além de dividir a rede, fez surgir uma nova “mania” os “Hard Forks Privados“, nos quais, uma equipe de desenvolvedores, sabe-se la com quais objetivos, resolve fazer um fork na blockchain original (legacy), com o objetivo, ao que tudo indica, unicamente de ter um “bitcoin próprio”.

O primeiro movimento neste sentido foi realizado pela equipe responsável pelo fork “Bitcoin Gold” que, em meio a tantas controvérsias, alem de ter pré-minerado inúmeras moedas para si, antes do fork inicial, ainda por cima, sem nenhuma alegação plausível, escondeu uma taxa no pool de mineração que destinava parte do valor minerado para um dos desenvolvedores. A noticia somou-se a uma série de outras que colocavam, no mínimo, uma pulga atras da orelha sobre as reais intenções da nova moeda.

Agora, um novo fork parece estar a vida, o Bitcoin Diamond (BCD), com um propósito de ser um hard fork destinado a acontecer no bloco 495.866, e, segundo o site oficial da nova altcoin (a equipe de desenvolvimento é anônima) a nova moeda pretende resolver a falta de privacidade e a escala da rede Bitcoin. De acordo com informações do site, 17 Exchanges ja dão suporte a moeda, inclusive a OKEX, uma importante exchange da Coreia do Sul.

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Outro fork que se apresenta é o Super Bitcoin (SBTC), programado para o bloco 498.888 e que tem até um roadmap prevendo, inclusive, o oferecimento da Lightening Network e de Smart Contratcs (Contratos Inteligentes) dentro de sua Blockchain. O time de desenvolvedores do Super Bitcoin conta com 3 chineses: Ranger Shi, Li Xiao Lai e JiaPeng Lin que prometem pré-minerar cerca de 210.000 SBTC para incentivar os desenvolvedores iniciais e investir na operação da moeda.

Não bastasse essas propostas de melhoria da rede por meio de forks um tanto quanto suspeitas, surgiu, recentemente, embora não se diga novo o Bitcoin Clashic que segundo seus desenvolvedores, foi lançado junto com o Fork do Bitcoin Cash em 1º de agosto de 2017 e ainda está vivo, mesmo que não tenha nenhum suporte. A proposta deles não é das mais modestas, segundo o site oficial o Clashic vai ter transações em segundos, uma rede sem congestionamentos, taxas baixas e a blockchain mais robusta do mundo. Nada mal para uma moeda que ja tem quase 6 meses e que ninguém ouviu falar, embora o seu node que não esta no GitHUB ja esteja, supostamente, disponível para download.

Como disse Sol Lederer, diretor da Blockchain da LOOMIA, para o Cointelegraph

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Estes forks são muito ruins para o Bitcoin. Inundar o mercado com diferentes versões do Bitcoin é confuso para os usuários e desacredita a alegação de que existe um número limitado de Bitcoins – já que você sempre pode, por meio de forks, dobrar o suprimento, mesmo que seja em outra moeda.

Assim como aconteceu com o SegWit2x é pouco provável, no curto prazo, que qualquer proposta possa ameaçar o Bitcoin Original ou tirar seu lugar no mercado. Se estes forks terão sucesso ou se são apenas SCAM o tempo e a comunidade dirão, no entanto, parece que uma nova forma de capitalização, sem ICO ou crowdfunding, surgiu.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.