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Mais da metade das criptomoedas listadas desde 2021 já ‘morreram’, aponta CoinGecko

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Dados recentes da CoinGecko mostram que 3,7 milhões das criptomoedas, equivalentes a 52,7% do total listado desde 2021, deixaram de existir. Chama atenção que metade desses projetos (1,8 milhão) pararam de ser negociados entre janeiro e abril de 2025.

O relatório da CoinGecko mostra que o ano de 2025 foi o mais letal da história para os projetos de criptomoedas. Enquanto foram necessários 3 anos para 1,8 milhão de criptomoedas serem consideradas “mortas”, bastou apenas 4 meses para o mesmo volume encontrar o seu fim em 2025.

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Número de projetos que faliram em 2025 é o maior dos últimos 4 anos. Fonte: CoinGecko

Esse ritmo acelerado de ‘óbitos’ coincide com o surgimento e popularização da plataforma Pump.fun, que revolucionou, para o bem e para o mal, a criação de novos tokens.

Vida e morte das criptomoedas na Pump.fun

A Pump.fun, lançada no início de 2024, permitiu que qualquer pessoa pudesse criar criptomoedas. Com isso, o protocolo da Solana rapidamente atrai milhares de pessoas querendo criar próxima criptomoeda promissora. novos projetos e também pelo impressionante número de falências.

No ano passado, enquanto a plataforma contribuiu para que o lançamento de novos projetos atingisse o marco de 3 milhões, 1,38 milhão delas já estavam mortas antes do final do mesmo ano.

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A facilidade de criação, que reduziu custos e barreiras técnicas, acabou por inundar o mercado com projetos sem lastro e vida efêmera.

O contraste com anos anteriores mostra o papel da Pump.fun na derrocada do setor. Em 2021, dos 428 mil novos projetos de criptomoedas listados, apenas 2.584 fracassaram, uma taxa de mortalidade insignificante de 0,6%. Na época, o Bitcoin alcançava seus valores históricos e o mercado vivia um período de euforia generalizada.

No entanto, a falência da FTX deu início ao inverno cripto. Entre 2022 e 2023, o mercado viu sua taxa média de mortalidade saltar para 29%, com 458 mil projetos sendo abandonados. Mas foi em 2024 que a situação realmente saiu de controle, com a Pump.fun e facilidade de criação de novos tokens em um mercado em recuperação.

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Os números atuais sugerem que 2025 pode bater todos os recordes negativos. Se o ritmo dos primeiros quatro meses se mantiver, o ano terminará com mais de 5 milhões de criptomoedas mortas. Um número que supera em muito toda a série histórica anterior.

Vencedores continuam vivos

Enquanto o mercado registra números alarmantes de projetos que não sobreviveram, uma parcela significativa de criptomoedas continua não apenas ativa, mas prosperando. Histórias de traders que identificam oportunidades em meio ao caos e continuam obtendo lucros com novos projetos emergem constantemente, provando que mesmo em um cenário desafiador, há espaço para estratégias bem-sucedidas.

O grande desafio atual, contudo, está na seleção criteriosa de projetos. A revolução trazida pela Pump.fun, que democratizou a criação de tokens, trouxe consigo um novo paradigma: a necessidade de triagem rigorosa. O processo de escolha deve ser mais criterioso do que antes.

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Vale destacar que a análise da CoinGecko considerou “criptomoeda morta” aqueles projetos que não tiveram nenhuma negociação durante o período. Além disso, o estudo analisou as criptomoedas listadas na plataforma. Nem todos os tokens criados são listados na CoinGecko, apenas aqueles que ganham “relevância” no mercado.

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Diego Vieira

Diego Vieira é um profissional destacado no setor de criptomoedas e blockchain, com uma sólida base educacional. Formou-se em Direito, especializou-se em Direito Tributário e cursa atualmente Bacharelado em Letras e Linguística, na Universidade Federal de Sergipe. Profissional versátil, Diego agora se dedica ajudar interessados a compreenderem os meandros do mercado cripto.