O Lightning Labs lançou um novo protocolo de autenticação, o protocolo Lightning Service Authentication Tokens (LSAT), que permitiria às empresas oferecer APIs pagas na Lightning Network (LN). A informação foi divulgada em uma postagem da segunda-feira, 30 de março, feita no blog de Olaoluwa Osuntokun, CTO do Lightning Labs
Até o momento, os usuários geralmente precisam entregar seus dados pessoais, como endereços de e-mail e informações de cartão de crédito, para efetuar pagamentos e acessar serviços através da LN. O novo protocolo LSAT, por outro lado, fornece aos usuários um recibo de cada compra que eles fazem. Esse recibo pode ser usado para autenticação futura do mesmo serviço.
“Um LSAT é essencialmente um ticket obtido pela Lightning para um serviço ou recurso específico”, disse Osuntokun.
Comparado aos cookies comuns, um LSAT carrega credenciais que são verificáveis através de criptografia. Em outras palavras, os usuários não precisam usar o método tradicional de login por email ou fornecer as informações do cartão de crédito quando procuram serviços como computação, hospedagem de arquivos ou espaço em disco bruto.
Osuntokun destacou que a LSAT oferece uma experiência mais direta e também mais privacidade ao usuário final, porque o servidor em si não tem conhecimento de quem pagou pelo token nem armazena dados pessoais de quem fez a operação.
Além disso, o protocolo LSAT suporta o uso de APIs limitadas, permitindo que os usuários efetuassem pagamentos continuamente, em vez de pagar por uma assinatura no início. Isso permitiria uma ampla gama de casos de uso para a LN, como serviços de streaming de vídeo, disse Osuntokun.
Juntamente com a especificação LSAT, o Lightning Labs também está lançando o Aperture, um proxy reverso LSAT. O Aperture atualmente oferece suporte à cunhagem de serviços selecionados, incluindo solicitações de proxy para chamadas REST e gRPC e incluirá mais recursos no futuro.
A medida pode trazer um novo fôlego e mais credibilidade para a LN, principalmente após um relatório de pesquisadores da Universidade de Jerusalém afirmar que a rede é vulnerável a ataques e a congestionamento de uso, conforme relatou o CriptoFácil.
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