Economia

Kentucky aprova lei de autocustódia de Bitcoin e Ethereum

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O estado de Kentucky deu um passo histórico no setor das criptomoedas. Nesta semana, o governador Andy Beshear sancionou o Projeto de Lei 701, que garante aos cidadãos o direito de manter Bitcoin e Ethereum em autocustódia, sem interferência estatal.

A medida representa um avanço importante para a liberdade financeira no estado. Isso porque, ao permitir a autocustódia, a lei assegura que os usuários possam controlar diretamente suas chaves privadas, essenciais para movimentar criptomoedas. Assim, eles não precisam depender de terceiros ou bancos.

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Essa prática funciona como guardar dinheiro em casa, em vez de confiar em instituições financeiras. Contudo, traz responsabilidades. Um exemplo emblemático é o do britânico que perdeu 8.000 Bitcoins em um aterro sanitário e tenta recuperá-lo há 12 anos.

Mesmo com esse risco, o governo de Kentucky decidiu apoiar o direito à autocustódia. A aprovação foi unânime: 91 votos na Câmara e 37 no Senado, sem nenhuma oposição. A nova legislação também impede que governos locais criem leis que dificultem a mineração ou o uso das criptomoedas.

Imagem:legislature.ky.gov

Proteção ao Bitcoin no Kentucky

Outro ponto fundamental é o reconhecimento das atividades de mineração e staking como não sendo títulos financeiros, o que afasta regulamentações mais rígidas. Com isso, os operadores de blockchain e stakers ficam isentos das exigências de licenças de transmissão de dinheiro, facilitando o desenvolvimento da indústria no estado.

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Além disso, Kentucky avalia o House Bill 376, que pode permitir que até 10% do excedente de reservas públicas seja investido em ativos digitais. Para isso, as criptomoedas precisam ter capitalização de mercado superior a US$ 750 bilhões, garantindo segurança e liquidez ao estado.

Outros estados norte-americanos seguem caminhos semelhantes. Utah, Novo México e outros 16 estados analisam leis semelhantes, com propostas que variam entre 5% e 10% de alocação em criptoativos. Utah já aprovou sua medida em janeiro.

Enquanto isso, estados como Montana, Dakota do Norte e Pensilvânia rejeitaram tentativas de investir recursos públicos em Bitcoin. Ainda assim, o avanço nacional é visível. O cenário indica uma tendência crescente de integração das criptomoedas à política econômica dos estados.

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Com a nova lei, Kentucky se posiciona como um dos estados mais abertos ao Bitcoin. Agora, seus cidadãos têm o respaldo legal para manter sua liberdade financeira em um dos mercados mais dinâmicos do mundo.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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