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Justiça busca criptomoedas de empresários ligados ao MBL usadas para lavar dinheiro

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Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos hoje (10) em operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), acusados de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio com criptoativos.

Agora, a justiça está buscando em exchanges nacionais pelas criptomoedas usadas por Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan.

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Além deles, também estão sendo buscadas possíveis criptomoedas pertencentes ao cofundador e coordenador do MBL, Renan Santos.

O CriptoFácil teve acesso com exclusividade ao ofício encaminhado pelo MPSP às plataformas brasileiras de criptomoedas. Confira o documento abaixo:

Entenda o caso

De acordo com o portal Cointelegraph Brasil, na Operação Juno Moneta, a PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão expedidos pela Justiça do Estado de São Paulo.

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A operação também contou com o apoio da Polícia Civil e da Receita Federal.

Os suspeitos, que ficarão detidos por ao menos cinco dias, são acusados de desviar mais de R$ 400 milhões. Além disso, usavam as criptomoedas para ocultar os bens e levar dinheiro.

Em nota, o MPSP afirmou:

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“As evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas.”

Relação com o MBL

Embora o MBL negue a relação dos empresários com o grupo, os investigadores afirmam que eles têm “estreita ligação” com o MBL.

Por outro lado, também teriam envolvimento com o Movimento Renovação Liberal (MRL).

Segundo o MPSP, o MBL teria recebido doações “de forma suspeita (cifras ocultas)” através da plataforma Google Pagamentos “que desconta 30% do valor, ao invés de doações diretas na conta do MBL/MRL”.

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O esquema ainda usava empresas de fachada em “incontáveis outras irregularidades, especialmente fiscais”. 

Os investigadores também disseram que há uma “confusão jurídica empresarial entre o MBL e o MRL”.

Isso porque, segundo o Cointelegraph Brasil, o MBL se uniu ao MRL para “maquiar” os valores recebidos e ocultar os bens.

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MBL nega relação

Após as prisões, o MBL publicou no Twitter uma nota em que afirma que Ayan e Mônaco “jamais fizeram parte do movimento”. 

Eles também disseram que “não existe confusão empresarial entre o Movimento Brasil Libre e o Movimento Renovação Liberal”.

Confira a nota na íntegra:

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.