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Itaú defende stablecoins e autocustódia de criptomoedas

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O maior banco da América Latina entrou de vez no debate sobre o futuro das criptomoedas. O banco Itaú defendeu publicamente o uso de stablecoins e a autocustódia de ativos digitais, incluindo Bitcoin e Ethereum. A posição veio durante um evento realizado nesta terça-feira (1º), em São Paulo.

Guto Azevedo Antunes, head de ativos digitais do banco, afirmou ao Valor, que a tecnologia blockchain tem grande potencial para modernizar as transações financeiras. Ele destacou que o Itaú acompanha de perto a evolução das stablecoins e pode atuar nesse mercado conforme a regulação avance.

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“O tema sempre esteve no nosso radar. Blockchain permite liquidação instantânea, o que muda a lógica do sistema financeiro”, disse Guto durante o evento. Para ele, a consulta pública nº 111, aberta pelo Banco Central, foi um passo importante para entender a visão das autoridades sobre o tema.

O banco também demonstrou interesse em lançar uma stablecoin própria, possivelmente atrelada ao real, caso o ambiente regulatório permita. Guto afirmou que tudo depende das regras futuras: “O mercado já aceita as stablecoins, mas precisamos saber até onde podemos ir”, comentou.

Além disso, o Itaú se posicionou a favor da autocustódia de criptomoedas pelos próprios clientes. Para o executivo, o mais importante é garantir que o cliente escolha como deseja guardar seus ativos, seja no banco ou em carteira pessoal.

Somos a favor da liberdade do cliente, desde que dentro da lei. Seguimos todas as regras de combate à lavagem de dinheiro e de segurança financeira”, afirmou. Ele ressaltou ainda que o banco quer sempre atuar alinhado ao Banco Central.

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Guto durante o Digital Assets: o DAS – Digital Asset Summit – Imagem: Linkedin

Banco Itaú defende o mercado cripto

Desde 2023, o Itaú opera no mercado cripto por meio da unidade Itaú Digital Assets, que já movimenta cerca de R$ 1,7 bilhão em criptoativos sob custódia. O banco também integra a ABCripto, ao lado de empresas como Mastercard, Deloitte e Chainalysis.

Guto comentou ainda sobre as Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs) e o impacto da decisão dos Estados Unidos de abandonar a ideia de um dólar digital. Para ele, o movimento reforça a importância das stablecoins privadas na preservação da soberania monetária.

Enquanto o Drex segue em testes no Brasil, o Itaú participa ativamente do desenvolvimento da nova infraestrutura. “Estamos construindo soluções que podem transformar pagamentos, reservas e transferências”, concluiu Guto.

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Com isso, o Itaú se posiciona como uma das principais vozes do setor bancário tradicional no avanço das criptomoedas e das finanças descentralizadas no Brasil.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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