Foto: Freepik
O Banco de Israel divulgou um projeto inicial para a criação de uma moeda digital oficial (CBDC), chamada de shekel digital. A decisão contraria a posição dos Estados Unidos, que já baniu as CBDCs dos EUA, sob o governo Donald Trump. Apesar da divulgação do plano, Israel ainda não confirmou se lançará oficialmente a moeda.
No dia 3 de março, o Comitê Diretor do Banco de Israel apresentou um documento técnico sobre o shekel digital. O material detalha a estrutura do sistema, sua funcionalidade, aspectos regulatórios e os próximos passos para a implementação.
O Banco de Israel identificou seis razões principais para desenvolver a moeda digital. O objetivo é criar um sistema alternativo de pagamentos, reduzir custos operacionais no setor financeiro e melhorar a privacidade dos usuários.
Além disso, o projeto pretende ampliar o acesso a serviços financeiros para toda a população, integrar-se a redes de pagamentos digitais e ativos financeiros e combater a economia paralela e crimes financeiros. O relatório enfatiza que o shekel digital beneficiará todas as camadas da população, incluindo crianças, estrangeiros, empresas e instituições públicas.
O plano propõe que o Banco de Israel seja o único emissor do shekel digital, mas prevê a participação de empresas privadas. Essas instituições ajudariam na conversão de depósitos, no atendimento ao público e na oferta de serviços financeiros avançados.
Assim, o projeto também inclui pagamentos offline, garantindo acessibilidade sem conexão à internet, interoperabilidade com outros sistemas financeiros, permitindo transações mesmo para quem não usa a moeda digital, e liquidação instantânea de pagamentos, aumentando a eficiência financeira.
Para avaliar o impacto da moeda digital, o Banco de Israel lançou o Desafio do Shekel Digital. O objetivo é testar diferentes aplicações práticas para a moeda. A decisão final sobre o lançamento do shekel digital ocorrerá após 2026, com base em pesquisas, sugestões do público e análises regulatórias.
Desse modo, até 30 de abril de 2025, cidadãos e empresas poderão enviar opiniões sobre o projeto. Além disso, o Banco de Israel solicitará informações a fornecedores de tecnologia, buscando soluções inovadoras para a implementação da moeda digital. Com esse movimento, Israel demonstra independência financeira, mesmo sem o aval dos Estados Unidos, e avança no debate sobre o futuro das moedas digitais soberanas.
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