Foto: eToro/IA
A plataforma de investimentos eToro estreou na Nasdaq nesta quarta-feira (14) sob o símbolo ETOR, após um IPO ampliada que arrecadou US$ 620 milhões, superando as expectativas iniciais. Os organizadores do IPO da eToro ajustaram a oferta de 10 milhões de ações, inicialmente planejadas na faixa de US$ 46 a US$ 50, para 11,9 milhões de ações a US$ 52 cada, reflexo da forte demanda dos investidores.
O valuation da empresa chegou a US$ 6,2 bilhões, consolidando sua posição como uma das principais fintechs do setor.
O sucesso do IPOda eToro tem relação com o crescimento explosivo da eToro em 2024. No ano passado, a receita da empresa subiu 225%, atingindo US$ 12,6 bilhões, com lucro líquido de US$ 192 milhões. A negociação de criptomoedas foi o grande catalisador desse crescimento: 96% do total. A receita com criptomoedas saltou de US$ 3,4 bilhões em 2023 para US$ 12,1 bilhões em 2024.
Um dos destaques da oferta foi a participação da BlackRock que reservou US$ 100 milhões em ações. A entrada de um investidor desse porte chamou a atenção do mercado, especialmente pelos produtos da BlackRock no mercado de criptomoedas.
Dessa forma, a gestora do maior produto de ativo digital do mundo (iShares Bitcoin) ajudou a impulsionar o interesse pelas ações da eToro. O sindicato de subscrição, liderado por Goldman Sachs, Jefferies, UBS e Citigroup, também reforçou a credibilidade da operação.
A expectativa inicial do IPO da eToro era levantar entre US$ 460 milhões a US$ 500 milhões com a venda de 10 milhões de ações. Os investidores institucionais, ao ancorarem o IPO, impulsionaram a ampliação da oferta para 11,9 milhões de ações, fixando o preço final em US$ 52 por ação. Esse movimento garantiu o levantamento de US$ 620 milhões, superando em 55% o valor mínimo inicialmente projetado.
Com o mercado das criptomoedas em alta, uma série de plataformas e empresas do setor tem aproveitado para abrir capital em bolsa.
Recentemente, a American BTC, uma mineradora de Bitcoin e Bitcoin Treasure liderada por Eric Trump, anunciou que vai abrir capital na bolsa. A Circle, empresa emissora da segunda maior stablecoins do mercado, a USDC, também está com planos de abrir capital na bolsa de valores.
Além da eToro, outras exchanges de criptomoedas também abriram capital. O destaque é a Coinbase, cujas ações são negociadas em bolsas desde 2021. Um caso de sucesso que pode resultar na primeira exchange 100% de criptomoedas entrar no índice S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos.