No final de semana, o perfil Whale Chart publicou no X o anúncio de uma retirada massiva de Bitcoin (BTC) da Binance. O que deveria ser um procedimento de rotina, no entanto, chamou atenção por causa do volume envolvido. De acordo com a mensagem, a operação sacou mais de 19.000 BTC da exchange em duas transações.
Com base na cotação atual, o valor corresponde a US$ 652 milhões, ou cerca de R$ 3,2 bilhões no preço em reais. O saque ocorreu por meio de duas operações realizadas em um curto espaço de tempo.
Este evento gerou intensa especulação e discussões entre analistas e investidores. Mas acima de tudo, levantou questões cruciais sobre a trajetória do Bitcoin. Uma das especulações é que o investidor retirou os fundos para guardá-los consigo em uma hardware wallet.
Historicamente, este movimento indica confiança nos investidores de que o Bitcoin vai se valorizar. Ao fazer isso, essas pessoas passam ao mercado a mensagem de que não pretendem vender suas criptomoedas no curto prazo. Ou seja, a oferta de BTC fica mais escassa, ajudando a elevar os preços.
Retiradas em grandes volumes não são raras no mercado, mas esta transação foge da regra. Afinal, são quase 20.000 BTC em uma operação bilionária. Quando isso acontece, a primeira questão que o mercado levanta é: quem realizou esse saque?
Nesse sentido, os analistas também se questionam se a operação faz parte de manobras estratégicas por parte de grandes investidores. Por outro lado, há a hipótese de manter os BTC em custódia pessoal, o que reforça a possibilidade de novos ganhos.
De maneira geral, os saques nas exchanges são considerados um sinal de alta, pois reduzem a oferta de BTC. Ao mesmo tempo, também pode ter sido uma transação interna da Binance. As exchanges geralmente fazem isso quando desejam trocar endereços de carteiras, por exemplo.
O Bitcoin está sendo negociado a US$ 34.511, exibindo uma tendência positiva com um aumento de 1% nas últimas 24 horas e 11,3% na última semana. Nesse período, a moeda digital atingiu a máxima de US$ 34.750,11 e a mínima de US$ 33.930,00.
A expectativa em torno do potencial do Bitcoin para atingir novas altas em 2024. Junto com o halving, o ambiente regulatório tende a melhorar com a aprovação dos ETFs à vista (spot). Dessa forma, há um cenário para novas valorizações sustentadas em adoção institucional da criptomoeda.
Arthur Hayes, fundador da Bitmex e figura renomada no mercado de criptomoedas, apresentou uma previsão ousada. Hayes prevê que o surgimento de uma “inflação global em tempos de guerra” catalisará uma corrida de alta substancial no Bitcoin, elevando seu preço para US$ 1 milhão.
A previsão surge na sequência da recuperação do Bitcoin, que dobrou de valor em 2023. Mesmo com a queda da FTX e o aumento nas taxas de juros, o BTC foi o melhor investimento do ano até a data da finalização deste texto (30 de outubro). E Hayes acredita que um choque ainda mais substancial pode estar no horizonte.
O executivo sugere que o orçamento militar dos EUA deve sofrer um aumento significativo, potencialmente devido à escalada de conflitos como aquele entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Este aumento nos gastos militares poderá levar a um maior endividamento do governo.
Se os investidores começarem a duvidar da segurança dos títulos do Tesouro dos EUA de longo prazo, poderão procurar ativos alternativos. Hayes acredita que, em tal cenário, tanto o ouro como o Bitcoin, poderiam experimentar uma recuperação de valor devido a preocupações genuínas sobre a inflação global durante a guerra.