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O fim do chamado “inverno cripto”, ou seja, o período de baixa prolongado das criptomoedas, pode ainda estar longe. Foi o que afirmou um relatório recente da Grayscale Investments levando em conta os ciclos de mercado anteriores.
De acordo com a maior gestora de ativos digitais do mundo, é possível que a baixa dure mais cerca de 250 dias, ou aproximadamente 8 meses. No entanto, a empresa deu a entender que este momento apresenta aos investidores a melhor oportunidade de compra.
Em seu relatório “Bear Markets in Perspective”, a Grayscale apontou que um ciclo de mercado de criptomoedas dura, em média, 4 anos (1275 dias).
E um mercado em baixa tem início quando o preço realizado se move abaixo do preço de mercado (o preço atual do ativo).
Para calcular o preço realizado, a empresa soma todos os ativos pelo preço de compra e divide pelo valor de mercado do ativo. Dessa forma, é possível o número de posições que estão no lucro ou no prejuízo.
No caso do Bitcoin (BTC), por exemplo, a Grayscale observou que o preço da criptomoeda ultrapassou o preço de mercado no dia 13 de junho. Isso sinalizou o início do mercado de baixa.
Fonte: Grayscale
Conforme destacou a Grayscale, as posições compradas de Bitcoin duraram mais de seis meses em 2021. Isso porque os investidores estavam cada vez mais interessados em manter as suas posições. No entanto, quando os preços começaram a cair, houve um impasse.
Além disso, o relatório pontuou que o movimento do Bitcoin na faixa de alta histórica (ATH) no ano passado foi maior que nos ciclos anteriores. A empresa atribuiu isso ao crescimento acelerado do mercado nos últimos anos, acrescentando que ficou mais fácil para investidores de varejo e institucionais investir em criptoativos:
“O ciclo iniciado em 2020 parece ter tido uma duração mais longa na faixa de ATH, com dois picos prolongados em contraste com o forte aumento e queda nos ciclos anteriores. Isso pode ter ocorrido devido à crescente maturidade do mercado de criptomoedas que não existia em ciclos anteriores.”
Apesar da baixa atual, a Grayscale ponderou que a rede do Bitcoin continua a operar como foi projetado. De acordo com a empresa, a rede está a caminho de processar US$ 18 trilhões em transações este ano, acima dos US$ 13 trilhões registrados em 2021.
Além disso, a gestora enfatizou que o uso do BTC, juntamente com outros criptoativos, para remessas continuou a crescer apesar das más condições do mercado.
A exchange de criptomoedas com sede no México, Bitso, por exemplo, viu um aumento de quatro vezes nas remessas internacionais entre o primeiro trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022.
Com base nisso, a empresa concluiu dizendo que, independentemente da gravidade de cada ciclo de mercado, a indústria de criptomoedas sempre sai mais forte no final. Afinal, cada falha registrada no espaço ajuda a moldar a indústria de criptomoedas:
“Apesar da queda de preços, liquidações e volatilidade, a indústria de criptomoedas continua a construir e inovar, ultrapassando os limites do que é possível”, disse a empresa.
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