Economia

Índia propõe banir o Bitcoin, argumentando que CBDC é mais eficiente

Siga o CriptoFacil no

A Índia está considerando proibir o uso de criptomoedas como o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), sob a justificativa de que as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) oferecem mais segurança e eficiência.

De acordo com fontes ligadas ao governo, a proposta sugere que os benefícios das criptomoedas não compensam os riscos associados. Enquanto isso, as CBDCs poderiam realizar as mesmas funções com maior controle e menos volatilidade.

Publicidade

As discussões sobre a proibição das criptomoedas no país estão avançadas. Um documento preliminar já está em fase de consulta, e há um consenso entre os reguladores de que as criptomoedas privadas, incluindo as stablecoins, representam riscos significativos para a estabilidade financeira.

De acordo com um funcionário do governo, que preferiu não se identificar, “as CBDCs conseguem realizar as mesmas transações que os criptoativos, porém sem os riscos de mercado que acompanham as criptomoedas”.

Essa visão reflete a preocupação do governo indiano com a volatilidade e a descentralização dos criptoativos, que podem gerar instabilidade econômica.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

CBDC da Índia

A Índia, um dos países com maior adoção de criptomoedas no mundo, já se destacou em relatórios da Chainalysis, que apontam milhões de usuários ativos de Bitcoin e outros criptoativos no país.

Entretanto, apesar da popularidade do Bitcoin, o governo indiano se mantém firme em seu plano de expandir o uso da rupia digital, sua própria moeda digital emitida pelo Banco de Reserva da Índia (RBI). O lançamento da rupia digital aconteceu em 2022. Desde então, o projeto já conta com mais de 5 milhões de usuários e 16 bancos participantes.

O interesse do governo pela CBDC não é recente. O governador do Banco de Reserva da Índia, Shaktikanta Das, destacou a importância da programabilidade das moedas digitais do banco central como um fator essencial para promover a inclusão financeira.

Publicidade

Além disso, as CBDCs oferecem ao governo um maior controle sobre o sistema financeiro, algo que não é possível com criptomoedas descentralizadas como o Bitcoin.

Enquanto a Índia avança com seus projetos de CBDC, a discussão sobre a proibição do Bitcoin ainda não chegou a uma decisão final. Muitos especialistas do setor cripto enxergam a medida como uma forma de controle estatal, em detrimento da liberdade financeira proporcionada pelas criptomoedas.

Mesmo assim, o governo indiano argumenta que a CBDC oferece uma solução mais segura e regulamentada, eliminando os riscos associados às criptomoedas privadas, como fraudes e perda de valor.

Publicidade
Siga o CriptoFacil no
Compartilhar
Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

Este website usa cookies.