A forte queda nos preços do Bitcoin em meados de março levou à saída de mineradores que operavam com hardware mais antigo, o que fez a hashrate do Bitcoin (BTC) cair mais de 40% naquele período. O poder de hash do BTC caiu 40% em duas semanas depois de definir sua alta histórica em 8 de março, passando de 123 EX/s para apenas 75 EX/s.
No entanto, com a reorganização dos preços, nas seis semanas seguintes houve um aumento de 90% na taxa de hash – com analistas especulando que uma combinação de preços crescentes de criptoativos e muitos ASICs se tornando obsoletos contribuíram para que o poder de hash quase dobrasse em menos de dois meses.
Em termos percentuais, o novo recorde supera a alta do período anterior, justamente os 123 EX/s registrados em 8 de março.
Johnson Xu, chefe de pesquisa e análise do TokenInsight, previu que “uma grande porcentagem de mineradores que utilizam máquinas de gerações mais antigas, como a S9s, será desativada” logo após o halving, visto que o corte na recompensa do bloco tornará essas máquinas pouco competitivas.
Apesar dos impactos que o halving tem no setor de mineração, Johnson descreve o evento como “um reequilíbrio saudável para forçar a rede a se reajustar em uma rede mais eficiente em que os mineradores possam ter margem de lucro suficiente”.
“O halving do Bitcoin resultará em um caos de curto prazo na rede. No entanto, quando o ajuste de dificuldade entrar em ação e trazer de volta um estado de equilíbrio, veremos a rede do Bitcoin voltar rapidamente a uma posição estável”, acrescentou Johnson.
Leia também: Empresa de mineração compra 1.000 Antminers antes do halving
Leia também: Bitcoin sofre queda de 4% e fica abaixo dos R$ 48.000
Leia também: Charlie Shrem afirma que Bitcoin é uma aposta melhor do que o dólar