A lógica dos ataques cibernéticos está mudando, após a expansão das criptomoedas ao redor do mundo.
Agora, o foco dos criminosos está em utilizar a rede das empresas hackeadas para minerar criptomoedas.
Essa informação foi divulgada pela Aqua Security, que é uma empresa de segurança cibernética. O relatório foi baseado em dados coletados entre junho de 2019 e julho de 2020.
De acordo com o relatório da Aqua Security, a grande maioria dos ataques em bases de dados mantidas na nuvem é destinada à mineração do Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas.
Assim, mais de 16 mil ataques foram analisados pela empresa, para que ela pudesse entender esse fenômeno. Ela afirma que 95% dos ataques são destinados à mineração, ao invés do roubo ou sequestro de dados corporativos.
As três principais conclusões tiradas após a triagem dos dados foram as seguintes:
A ocorrência dos ataques de mineração indica a lucratividade dessa espécie de trabalho.
A mineração de BTC é essencial para o funcionamento da rede blockchain da criptomoeda.
Contudo, as empresas e piscinas (“pools”) de mineração estão concentrando esforços crescentes no sentido de tornar esse procedimento mais viável.
Nos EUA, por exemplo, algumas empresas estão produzindo a própria energia, através de fontes renováveis, como a solar e a eólica. Elas também fazem a mineração na madrugada ou em outros horários do dia no qual se utiliza menos energia.
Finalmente, ao utilizar o poder computacional alheio para minerar criptomoedas, os hackers “economizam” com os gastos envolvidos na mineração das criptomoedas.
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