Segurança

Hacker do Nomad transfere R$ 8 milhões para o Tornado Cash

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Uma das pessoas que hackeram, em agosto do ano passado, a Nomad, ponte que permite o envio de tokens em diferentes blockchains, moveu US$ 1,57 milhão (cerca de R$ 8,3 milhões) em ativos para o mixer Tornado Cash. O alerta sobre a movimentação das criptomoedas foi feito pela plataforma de segurança em blockchain CetiK nesta segunda-feira (09).

No Twitter, a empresa sinalizou que o endereço de carteira vinculado ao hack transferiu 1.200 ETH para o Tornado Cash, sugerindo que os invasores podem estar sacando os fundos. O hacker transferiu 100 ETH em 12 transferências diferentes para o mixer sancionado, além de outras transferências de 1 ETH.

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“O endereço vinculado à exploração da ponte Nomad moveu aproximadamente US$ 1,57 milhão (1.200 ETH) para o Tornado Cash”, disse a CetiK no Twitter.

Relembre o ataque à ponte Nomad

O hack à Nomad ocorreu em agosto do ano passado e foi um dos dez maiores hacks de criptomoedas em 2022 em valor roubado. Na ocasião, conforme noticiou o CriptoFácil, a equipe por trás da ponte informou sobre o ataque e confirmou que US$ 190 milhões em tokens foram drenados da ponte, valor que corresponde a cerca de R$ 980 milhões em valores daquele momento. A Nomad perdeu praticamente todos os seus fundos com o ataque.

O usuário do Twitter samczsun, pesquisador da empresa de investimentos em criptomoedas Paradigm, explicou o caso. De acordo com o pesquisador, a Nomad recebeu uma atualização em um dos contratos inteligentes e isso permitiu que os hackers falsificassem transações usando o sistema da ponte. Em outras palavras, os usuários puderam retirar dinheiro da Nomad que, na verdade, não pertencia a eles. Esta foi uma particularidade deste ataque, que não teve apenas um autor, mas sim vários.

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Posteriormente, em agosto de 2022, alguns usuários devolveram uma pequena parte do valor roubado. Mais precisamente, a devolução foi de US$ 9 milhões. Ou seja, cerca de R$ 47,4 milhões na cotação em reais. Em termos percentuais, considerando o valor total drenado da ponte, isso equivale a menos de 5%. De acordo com a empresa de segurança em blockchain PeckShield, a devolução inclui os tokens ETH, USDC, USDT, CQT, FRAX, WETH e DAI.

No fim do ano passado, no dia 8 de dezembro, a equipe Nomad lançou um guia de relançamento da ponte. O lançamento ocorreu após a ponte corrigir a vulnerabilidade no contrato que levou ao hack de quase R$ 1 bilhão. Além disso, a empresa também redesenhou a ponte de token, deixando-a, teoricamente, mais segura.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.