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Guerra comercial entre EUA e China atinge novo patamar; Hora das criptomoedas?

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O jornal O Globo publicou no dia 17 de fevereiro uma notícia envolvendo mais um capítulo da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A gestão Trump quer reduzir o fluxo de produtos eletrônicos saídos dos EUA para a China, medida que tem assustado as empresas tecnológicas de seu próprio país.

Os temores só aumentaram após um boato de que o Departamento de Comércio estaria tentando limitar transações comerciais entre empresas estadunidenses e chinesas.

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Transações bloqueadas

O bloqueio de transações é mais um episódio de uma novela que já se estende por alguns capítulos. Atualmente, já estão vigentes restrições a investimentos chinesas nos EUA, além de outras medidas que estão proibindo a exportação à China de determinados produtos.

A reportagem menciona o exemplo da General Electric (GE) que, junto com a empresa francesa Safran, vende peças de avião para empresas chinesas. Uma reunião a ser realizada no dia 28 de fevereiro por autoridades estadunidenses estudará a aplicação de novas medidas restritivas na relação comercial entre o país e a China.

Contudo, trata-se de uma faca de dois gumes que colocará empresas estadunidenses em uma saia justa: ao mesmo tempo em que a gestão Trump visa proteger as empresas do país, as medidas adotadas colocam em risco a atuação das mesmas, que não poderão fornecer seus produtos a empresas chinesas e sofreram uma queda na receita – o que pode colocar em risco a liderança estadunidense no setor tecnológico.

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Caso as empresas de ambos os países sejam proibidas de transacionarem entre si, seriam as criptomoedas uma possível saída?

Pagando com Bitcoin: até onde?

É certo que o Bitcoin e demais criptomoedas não podem ser “congeladas” por autoridades governamentais e, em teoria, as empresas de ambas as pontas do globo poderiam transacionar valores utilizando criptoativos.

Porém, a estrutura logística e aparatos governamentais podem implicar sérias consequências para estas empresas. Por exemplo, a China baniu transações com criptomoedas. Isso significa que as empresas em solo chinês não podem usar Bitcoin para pagar por produtos estadunidenses.

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Ainda que, em pequena escala, fosse possível evadir a pressão governamental exercida por ambos os governos, no futuro seria complicado em um balanço apontar a aquisição de produtos dos Estados Unidos.

O mesmo ocorre terra do Tio Sam. Para que as empresas continuem vendendo seus produtos, será necessário incluir documentações fiscais para a realização do transporte, algo que também seria problemático.

Na esfera de serviços, o pagamento em criptomoedas se torna muito mais simples. Entretanto, a partir do momento que a necessidade de transportar produtos físicos – possivelmente em larga escala -, é provável que nem mesmo os criptoativos resolvam todos os problemas do impasse comercial instaurado entre Estados Unidos e China.

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Ainda que as criptomoedas exerçam um potencial libertador na vida das pessoas, elas também possuem limitações no atual modelo de organização governamental.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.