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O banco norte-americano JPMorgan realizou um teste com pagamentos em sua blockchain. E o teste foi, literalmente, para o espaço.
A experiência envolveu a realização de transações entre satélites localizados na órbita espacial da Terra. O anúncio foi divulgado por Umar Farooq, chefe da Onyx, divisão de blockchain do banco.
Os satélites em questão não foram lançados ou adquiridos pelo JPMorgan. O banco fechou uma parceria com a empresa dinamarquesa GOMspace. Ela permite que empresas utilizem seus satélites para executarem softwares no espaço.
Em uma entrevista à Reuters, Farooq disse que o objetivo era “testar os pagamentos em blockchain de uma forma verdadeiramente descentralizada”.
“Nada é mais descentralizado da Terra do que o espaço sideral”, completou o executivo.
Testar a eficácia da blockchain no espaço não foi o único objetivo do teste. A Onyx e o JPMorgan também queriam testar a integração da tecnologia com a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).
A IoT permite que dispositivos se conectam uns aos outros e realizem atividades entre si. Ela é bastante associada a eletrônicos de consumo, como os assistentes Amazon Echo e Google Home.
No entanto, os bancos querem estar prontos para se aproveitar dessa tecnologia. Especialmente quando esses dispositivos inteligentes começarem a fazer transações de forma autônoma.
Para Farooq, o espaço era um lugar legal para fazer um teste. “Somos nerds e (o teste no espaço) foi uma forma divertida de testar a IoT”, disse.
Aparentemente, o teste foi mais do que uma diversão cara. Segundo Farooq, o teste do satélite mostrou que as redes de blockchain podem potencializar transações entre objetos do dia a dia.
O teste também mostrou que pode ser possível criar um mercado onde os satélites enviam dados uns aos outros em troca de pagamentos. Ou seja, a integração entre satélites para fins de pagamentos é viável.
Para Tyrone Lobban, chefe de lançamento de blockchain da Onyx, foi um grande avanço. Isso pode abrir um grande mercado à medida que mais empresas privadas lançarem seus próprios satélites.
A ideia de integrar a tecnologia blockchain em satélites já foi bastante usada. Em 2017, a Blockstream disponibilizou uma ferramenta para acessar a rede do Bitcoin via satélite.
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