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Governo brasileiro negociou propina de vacinas em criptomoedas, diz portal

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As criptomoedas entraram no mais recente escândalo político brasileiro. O cabo da Polícia Militar, Luiz Paulo Dominguetti, e o ex-diretor de logística substituto do Ministério da Saúde, Marcelo Blanco, negociaram a venda de vacinas contra Covid-19 para a rede privada. Segundo o Metrópoles, foi proposto o pagamento de propina em criptomoedas. 

O site de notícias teve acesso a mensagens extraídas do celular do cabo da PM que está sob perícia. Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, denunciou um esquema de propina no governo para a compra da vacina Covaxin.

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No entanto, ao que parece, ele também negociava uma comissão em moedas digitais para liberar vacinas para a rede privada.

Comissão em moedas digitais para compra de vacina

De acordo com a reportagem do Metrópoles, no dia 9 de fevereiro, Blanco perguntou a Dominghetti se o preço de US$ 12,51 por dose de imunizante poderia ser repassado à rede privada. Dominguetti disse que não, pois o valor era exclusivo para os governos.

Dias depois, em 19 de fevereiro, Dominguetti disse a Blanco que estava tendo dificuldades em negociar com o Governo Federal. Nesse sentido, ele sugeriu uma nova estratégia visando o setor privado. 

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Em áudios, o tenente-coronel reafirmou seu interesse em levar as vacinas para a rede privada. Então, Dominghetti garantiu que conseguiria o mesmo preço para as empresas. 

Em resposta, Blanco questionou se poderiam estipular o próprio preço e o cabo da PM sugeriu a criação de uma empresa para dar andamento às negociações.

Propina seria paga em criptomoedas

Finalmente, no dia 8 de março, Dominghetti pediu a Blanco dados bancários para concluir o negócio:

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“Vamos depositar 1 milhão de dólares agora”, afirmou ele pedindo agilidade para não perderem a oportunidade.

Depois, Dominghetti perguntou se tiveram avanços no banco e Blanco respondeu que não. Isso porque, segundo ele, havia informações “que não deixaram os operadores confortáveis”. Em seguida, Blanco disse que os operadores “não sentiram firmeza”.

Então, após a suposta negativa dos bancos, mensagens de Dominghetti indicaram que criptomoedas seriam usadas para concluir o pagamento de US$ 1 milhão em propina pela aquisição das vacinas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.