A Fundação Tezos anunciou que se juntou à Associação OpenVASP para apoiar a criação de um protocolo que irá facilitar a implementação da chamada “regra de viagem” no setor de criptomoedas.
Para isso, a Tezos informou que vai compartilhar os dados de seus usuários.
A “regra de viagem” é uma norma da Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) que obriga as empresas a fornecerem dados sobre seus clientes, compartilhando as informações com as autoridades.
Já o OpenVASP é uma organização sem fins lucrativos, criada em novembro de 2019 por um grupo de empresas ligadas à indústria de criptomoedas.
Assim, através desta associação, pretende-se criar um protocolo de código aberto para a transmissão de informações sobre transações dos usuários.
Desta forma, enquanto criptomoedas como Monero, ZCash e mesmo o Bitcoin buscam aprimorar mecanismos para privacidade, a Tezos vai na contramão.
A informação foi divulgada pela Fundação Tezos em um tuíte, publicado no dia 7 de agosto.
Na mensagem, a organização suíça indica que ingressará na Associação como novo membro. Com isso, irá prestar assessoria estratégica para o cumprimento dos objetivos do OpenVASP.
Com esta aliança, a Fundação Tezos junta-se a outras organizações que fazem parte desta Associação.
No entanto, a Tezos não será a única empresa de criptomoedas a entrar no OpenVASP.
Isso porque já integram a associação a Bitcoin Suisse, a EPAM Systems, empresa de desenvolvimento de produtos e engenharia de plataformas digitais, e a empresa de blockchain Lykke Business.
Também integram a associação o banco de ativos digitais Sygnum e a associação de criptomoedas suíças Crypto Valley. Além da 21 Analytics, desenvolvedora de software para prevenção de crimes financeiros e da BitGo.
A regra de viagem faz parte do conjunto de normas estabelecidas pelo GAFI e entrou em vigor em junho passado.
As normas foram recomendadas há um ano como parte da política contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, estabelecida na Recomendação nº 15.
Portanto, ela fornece diretrizes para que negócios relacionados à criptomoedas possam “prevenir o uso inadequado de ativos virtuais”.
Em particular, a regra de viagem é destinada aos provedores de serviços de ativos virtuais (VASPs), incluindo as exchanges.
Portanto, a regra diz que essas organizações devem coletar e compartilhar os dados pessoais de seus clientes. Isso se o valor da transação exceder US$ 1.000.
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