Um fato inusitado ocorreu na Austrália. Segundo o portal Coindesk, um funcionário do governo australiano foi acusado depois de ser pego minerando criptomoedas em seu local de trabalho.
Em um comunicado à imprensa divulgado nesta terça-feira, 21 de maio, a Polícia Federal Australiana (AFP) alegou que o funcionário em questão trabalhava no setor de TI do governo. O homem não foi identificado, tem 33 anos e reside no subúrbio de Killara, em Sydney.
Segundo a acusação, ele modificou os sistemas de computador do governo para minerar mais de 9.000 dólares australianos (US$6.184) em benefício próprio. A AFP também não revelou qual criptomoeda foi minerada pelo acusado.
O homem compareceu a um tribunal local na terça-feira, sob duas acusações – modificação não autorizada de dados para causar danos e modificação não autorizada de dados restritos. Ele foi acusado de acordo com a Lei de Código Criminal do país, segundo a AFP.
Essa não é a primeira vez que a polícia australiana enquadra o mesmo acusado. No ano passado, policiais da AFP apreenderam um laptop, telefone, cartões de identificação de funcionários e arquivos de dados em uma operação realizada na casa do funcionário. As atuais acusações acarretam em uma pena máxima de 10 anos de prisão e dois anos de prisão, respectivamente.
Chris Goldsmid, comandante em exercício da AFP e gerente de operações de cibercrime, descreveu o suposto crime como “muito sério”.
“Os contribuintes australianos confiam nos funcionários públicos para desempenhar papeis vitais para a nossa comunidade com a máxima integridade. Qualquer alegação de conduta criminosa que trair esta confiança, sendo usada para ganho pessoal, será investigada e processada.”
O caso da Austrália é apenas mais um entre os recentes episódios de pessoas que utilizam órgãos e equipamentos de governos para minerar criptomoedas.
Em 2017, um ex-funcionário do Conselho de Administração do Federal Reserve dos Estados Unidos também foi multado em US$5.000 e colocado em liberdade condicional. O funcionário foi pego minerando Bitcoins em um servidor de propriedade do banco central norte-americano.
Cientistas nucleares de uma unidade de pesquisa de armas da Rússia foram acusados pelo mesmo crime em fevereiro do ano passado. E em novembro, dois diretores de uma escola na China foram pegos roubando poder computacional do local para minerar Ethereum (ETH).
Leia também: Australiana finge ter câncer terminal para conseguir dinheiro e supostamente comprar Bitcoin