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Fim da Livecoin: exchange sofre ataque hacker e encerra atividades

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Em dezembro de 2020, a plataforma russa de criptomoedas Livecoin anunciou que sofreu um ataque hacker. Agora, a exchange declarou que vai fechar suas portas por ter sido “fortemente prejudicada” pelo ataque.

No entanto, a Livecoin garantiu que vai reembolsar os clientes lesados pelo suposto hack.

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“Nosso serviço foi fortemente prejudicado de forma técnica e financeira. Não há como continuar operando o negócio nessas condições. Por isso tomamos a difícil decisão de fechar o negócio e pagar o restante aos clientes”, diz o comunicado divulgado no dia 16 de janeiro.

Quantias roubadas

Teoricamente, os hackers roubaram 106 BTC, 380 ETH, 236 BCH, 567.012 XRP, 66,8 milhões DOGE, bem como quantias ainda desconhecidas em tokens USDT e ERC-20.

Segundo o The Block Research, foram perdidos quase US$ 3,3 milhões de fundos na hora do ataque. O valor atualizado desses fundos é de mais de US$ 5,4 milhões (R$ 28,5 milhões).

Clientes podem reivindicar pagamento

De acordo com a empresa, uma investigação está em curso para apurar o ataque, mas a Livecoin disse que já está aceitando reivindicações de pagamentos dos clientes.

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Quem foi lesado pelo ataque deve entrar em contato através do e-mail verification@livecoin.news. Em seguida, será feito um procedimento de verificação e, então, o usuário receberá seu pagamento.

A Livecoin informou ainda que aceitará reivindicações de pagamentos pelos próximos 2 meses. Ou seja, 17 de março de 2021 é o último dia para aceitar os pedidos.

“Pedimos sinceras desculpas pela situação atual e pedimos que mantenham a calma ao se comunicar com nossos colaboradores, pois nosso serviço sofreu graves perdas financeiras por culpa de cibercriminosos, assim como nossos clientes. Em caso de ameaças e insultos da equipe de suporte, o pedido pode ser rejeitado.”

A plataforma Livecoin está ativa desde abril de 2015, com cerca de US$ 16 milhões em transações diárias antes do evento de dezembro.

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Outros ataques

Conforme noticiou o CriptoFácil, de janeiro a outubro de 2020, hackers embolsaram pelo menos R$ 1,5 bilhão de exchanges de criptomoedas. Em 2019, esse total foi de um pouco mais de R$ 1 milhão.

Um dos maiores ataques de 2020 foi à plataforma com sede em Cingapura, KuCoin, ocorrido em 26 de setembro. No hack, os cibercriminosos drenaram cerca de US$ 280 milhões em Bitcoin, Ether e milhares de tokens ERC-20.

Outro famoso caso de ataque à exchange ocorreu em agosto de 2016. Na ocasião, houve uma violação de segurança na Bitfinex e os hackers conseguiram roubar mais de 120 mil Bitcoins (no valor de aproximadamente R$ 22.7 bilhões hoje).

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Exchange não é carteira

Esses ataques mostram que as máximas “exchanges não é carteira” e “sem chaves, sem criptomoedas” devem ser levadas a sério.

Afinal, manter as criptomoedas em exchanges pode ser arriscado justamente pela vulnerabilidade de muitas plataformas à hacks.

O ideal é guardar suas moedas digitais em carteira e manter suas chaves seguras. Confira nesse guia do CriptoFácil as melhores opções de carteiras.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.