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‘Faraó dos Bitcoins’: polícia acha picanha e celulares em cela e manda Glaidson para prisão de segurança máxima

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Após uma denúncia anônima, a polícia encontrou na terça-feira (28) quatro celulares, picanha e linguiça na cela onde está preso Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”.

O dono da suposta pirâmide GAS Consultoria Bitcoin e Tunay Pereira Lima, seu comparsa, foram presos em 25 de agosto durante a Operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

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Eles estavam na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.

No entanto, após a vistoria realizada pela Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), eles foram transferidos.

Segundo a polícia, Glaidson e Tunay já estão na penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1). Eles permanecerão lá até que sejam concluídas as apurações da Corregedoria.

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Glaidson está numa cela individual na mesma unidade onde estão sete chefes do tráfico da principal facção criminosa do Rio.

Direção do presídio é exonerada

Conforme informou a polícia, chegaram informações, por meio do Disque-Denúncia, afirmando que a dupla estaria usando celulares de dentro da cadeia.

A denúncia foi analisada pela Superintendência de Inteligência (Sispen) da Seap que autorizou a vistoria.

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De acordo com a Seap, após o resultado das buscas e devido às “reiteradas denúncias que chegam sobre o ingresso de materiais ilícitos na unidade”, a equipe da direção (diretor, subdiretor e chefe de segurança) será exonerada.

O responsável pela decisão foi o secretário de Administração Penitenciária, Fernando Veloso. Além disso, a Seap vai ouvir todos os servidores da unidade sobre o caso.

O material apreendido foi levado para a 34ª DP (Bangu).

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Glaidson pagava R$ 50 mil por aparelho

Na semana passada, já haviam sido encontrados celulares na cela ao lado da de Glaidson. Informações dão conta de que cada celular era “vendido” por R$ 50 mil ao “Faraó dos Bitcoins” para que ele continuasse comandando os negócios de dentro da cadeia,

Segundo as investigações, o esquema montado por Glaidson, que ofereceria rendimentos de 10% ao mês sobre supostas aplicações em Bitcoin, movimentou mais de R$ 38 bilhões.

O relatório final da PF mostrou que a empresa de Glaidson recebia cerca de R$ 2 bilhões por hora. Além disso, grande parte do dinheiro teria sido enviado para “paraísos fiscais” como as Ilhas de Malta. 

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Mesmo após a prisão de Glaidson, o negócio continuou funcionando. O repasse aos clientes era feito pela venezuelana Mirelis Zerpa, esposa de Glaidson que está foragida nos Estados Unidos.

A PF identificou uma movimentação de R$ 1 bilhão em criptomoedas na conta de Mirelis após a prisão de Glaidson.

Ainda segundo o documento, o ex-garçom usou cerca de 60 números de CPF e CNPJ para despistar as autoridades.

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A polícia ainda apura se a GAS lavou dinheiro do tráfico de drogas de favelas em Cabo Frio.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.