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Exchange indiana WazirX é acusada de lavagem de dinheiro e tem R$ 40 milhões em bens congelados

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A exchange indiana WazirX teve US$ 8,1 milhões em bens congelados pela Diretoria de Execução (ED), órgão regulador da Índia. Na cotação atual, o valor corresponde a cerca de R$ 40 milhões.

De acordo com o ED, a exchange é acusada de cometer crimes de lavagem de dinheiro e auxiliar protocolos a cometer fraudes com empréstimos. A plataforma intermediaria as transações, facilitando o trabalho desses protocolos.

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O caso tomou repercussão depois que se especulou que a gigante Binance teria envolvimento direto na gestão da WazirX. Segundo as especulações, a Binance teria adquirido participação na exchange indiana, algo que o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao desmentiu.

CZ esclarece sobre a aquisição da Binance WazirX

De acordo com Zhao, a Binance nunca foi dona da WazirX nem investiu dinheiro na exchange. O CEO esclareceu que a Binance sondou a WazirX com o objetivo de comprá-la, mas o negócio não se concretizou.

“A Binance não possui nenhuma participação na empresa controladora da WazirX, disse Zhao em um tweet na sexta-feira (5).

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Em 21 de novembro de 2019, a Binance publicou em seu blog que havia comprado a WazirX, conforme noticiou o CriptoFácil na época. Contudo, Zhao esclareceu que a transação não foi concluída. A Binance nunca – em nenhum momento – possuiu ações da Zanmai Labs, empresa que controla a WazirX.

Ainda segundo Zhao, a Binance possui apenas uma cooperação no fornecimento do serviço de carteiras para a WazirX. Nesse sentido, a Binance atua somente como fornecedora de solução de tecnologia para a exchange indiana. A parceria também envolve integração usando transações off-chain para economizar nas taxas de rede.

“A WazirX é responsável por todos os outros aspectos da sua operação, incluindo o cadastro de usuários, identificação de cliente (KYC), negociação e início de saques”, esclareceu Zhao.

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Binance oferece colaboração com autoridades

A principal alegação do ED é que a WazirX ajudou as empresas acusadas a transferir dinheiro para fora da Índia por meio de criptomoedas. A Lei de Gerenciamento de Câmbio do país prevê uma forte vigilância sobre transações financeiras suspeitas enviadas ao exterior.

Portanto, o ED acusa a WazirX de facilitar essas operações sem comunicar para as autoridades da Índia. O órgão afirma que os protocolos de empréstimos enviaram uma grande parte dos fundos para Hong Kong utilizando a exchange.

Recentemente, a administração da WazirX disse planejar mudar sua sede de Mumbai, Índia, para Dubai. Na época, a exchange alegou que os impostos cobrados sobre criptomoedas na Índia dificultavam suas operações.

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O governo indiano impôs um imposto de 30% sobre ganhos de capital com ativos digitais e um imposto de 1% sobre todas as transações de criptomoedas. Como resultado, o volume de negociação despencou em praticamente todas as exchanges do país. 

Zhao destacou que a Binance não possui participação na WazirX, mas um tuíte escrito por ele em abril de 2021 lança dúvidas. Na ocasião, a WazirX superou a barreira de US$ 200 milhões em volume diário e Zhao escreveu que a exchange era de propriedade da Binance.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.