Foto: Pexels
Han Chang-joon, ex-CFO (diretor financeiro) da empresa de criptomoedas Terraform Labs, por trás do projeto fracassado Terra (LUNA), foi extraditado de Montenegro para a Coreia do Sul. A extradição ocorreu após uma decisão do Ministério da Justiça do país balcânico.
“O estado de Montenegro agiu hoje a pedido da Coreia do Sul. E, por decisão do Ministério da Justiça, entregou Han Chang-joon às autoridades competentes do seu país de origem”, publicou o Ministério da Justiça do país no seu site oficial nesta segunda-feira (05).
A polícia montenegrina disse que entregou Han às autoridades sul-coreanas para que possam iniciar “processos criminais por vários crimes relacionados com fraude em serviços de investimento financeiro, investimentos e mercado de capitais, que é punível com prisão perpétua na Coreia do Sul”.
Chang-joon trabalhou ao lado do cofundador da empresa Do Kwon. Ambos foram presos em março do ano passado no aeroporto desse país por tentarem viajar com documentos falsos.
Após a prisão, o ex-diretor financeiro da Terraform Labs cumpriu uma sentença de quatro meses de prisão. Enquanto isso, Do Kwon permanece sob custódia em Montenegro. Ele aguarda o Ministério de Montenegro decidir se ele sofrerá extradição para a Coreia do Sul, seu país natal, ou para os Estados Unidos.
Ambos os países demandaram a extradição de Kwon por diversas acusações relacionadas ao projeto Terra, que colapsou em maio de 2022. Tanto a stablecoin algorítmica do projeto, a UST, quanto à criptomoeda nativa da plataforma, LUNA, perderam praticamente todo o seu valor.
Essa derrocada do projeto varreu US$ 40 bilhões do mercado de criptomoeda, impactando os demais projetos e várias empresas expostas aos ativos digitais em questão. Houve um efeito dominó de implosões da indústria cripto que derrubou o fundo de cripto Three Arrows Capital e a exchange de criptomoedas FTX.
No início deste mês, conforme noticiou o CriptoFácil, a defesa de Do Kwon pediu a um tribunal dos EUA que adiasse o julgamento da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra ele. Isso porque Kwon queria comparecer pessoalmente ao tribunal. A SEC acatou o pedido da defesa e aceitou adiar a data de início do julgamento para não antes do dia 18 de março.