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O Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda em valor de mercado, testemunhou um pico significativo na volatilidade na manhã desta segunda-feira (03). Este pico de volatilidade levou a liquidações recordes que atingiram máximas históricas.
De acordo com o Coinglass, as liquidações de ETH chegaram a US$ 600 milhões, quase 25% dos US$ 2,3 bilhões liquidados no mercado. A criptomoeda superou inclusive o Bitcoin (BTC), que teve cerca de US$ 440 milhões em liquidações.
Como resultado, o preço do ETH caiu até 24%, mas reverteu parte dessas perdas. Até o fechamento desta matéria, o Ethereum registrava queda de 15% e seu preço atingiu US$ 2.597. No entanto, o preço chegou a atingir mínimas de US$ 2.065 na Deribit, quando a queda era de 24%.
Em contrapartida, os preços chegaram nas mínimas de US$ 2.127 na Kraken e US$ 2.150 na Coinbase. De acordo com a CryptoQuant, a queda foi a maior desde 19 de maio de 2021.
Em três dias, o Ether perdeu 23% de seu valor, o maior desde novembro de 2022. Por conta disso, a volatilidade no preço da moeda disparou nas últimas 24 horas.
A volatilidade de um dia do Ethereum saltou de 34% para 184% no período anual, conforme o preço caiu, de acordo com os dados de opções da Deribit. O índice DVOL, que mede a volatilidade das criptomoedas na Deribit, também aumentou, subindo de aproximadamente 67% para 101%.
O salto ocorreu quando os traders correram para comprar opções de venda de ETH, que oferecem proteção contra queda, de acordo com a Presto Research. Ou seja, são traders que acreditam na queda da criptomoeda e utilizam essas opções para se proteger contra isso.
“O movimento, que viu os preços de contratos perpétuos do ETH na Deribit despencarem de US$ 3.285 para US$ 2.065, desencadeou uma mudança significativa no posicionamento do mercado, conforme evidenciado pela taxa de venda-compra subindo de 0,6 relativamente calmo da semana passada para mais de 2,5 hoje – indicando uma corrida para proteção contra queda entre os participantes do mercado”, disse Rick Maeday, analista da Presto Research.
Em um ponto, as reversões de risco, que medem o prêmio de volatilidade implícito (demanda) para opções de compra (calls) em relação a opções de venda (puts), apresentaram valores negativos acima de 10%, um viés excepcionalmente forte. Isso significa que o mercado segue apostando na queda do ETH.
Isso decorreu em parte dos formadores de mercado retirando liquidez, uma característica comum durante condições de negociação voláteis, de acordo com Griffin Ardern, chefe de negociação de opções e pesquisa na plataforma financeira de criptomoedas BloFin.
“Alguns formadores de mercado escolheram retirar liquidez sob alta volatilidade, e seu comportamento avesso ao risco afeta o preço das opções”, disse Ardern.
De acordo com Markus Thielen, chefe da 10x Research, o delta dos formadores de mercado aumentou a volatilidade negativa no ETH. “À medida que os formadores de mercado e as exchanges se esforçavam para descarregar futuros, eles vendiam a qualquer oferta disponível, acelerando a liquidação”, disse o executivo.
Os formadores de mercado têm a tarefa de criar liquidez no livro de ordens e ganhar dinheiro com a diferença entre os preços de compra e venda. Eles são agnósticos em relação a preços e se esforçam para manter uma exposição neutra de mercado líquido (delta) por meio da compra/venda constante de futuros.
Mas nem todos os investidores sofreram perdas, já que quase US$ 380 milhões vieram de liquidações de traders que operavam vendidos (short). Um deles apostou contra o preço do ETH e obteve nada menos que US$ 16,8 milhões, de acordo com dados do Hypurr Scan.
O movimento de alta alavancagem da baleia de Ethereum atraiu a atenção da comunidade cripto, destacando a volatilidade e o potencial de lucro no mercado durante períodos de declínio do ETH. Esse investidor apostou contra o ETH usando uma alavancagem de 50 vezes.
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