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Na primeira semana de maio, os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos compraram 18.644 BTC, quase seis vezes mais do que os mineradores conseguiram produzir no mesmo período: apenas 3.150 BTC. Esses dados, divulgados pela gestora HODL15Capital, evidenciam uma escalada agressiva de compra no mercado institucional, especialmente após o recente halving.
A média diária de mineração ficou em torno de 450 BTC por dia. Enquanto isso, os ETFs listados em bolsa mantiveram uma atividade de compra muito superior, desequilibrando a dinâmica entre oferta e demanda. Como consequência, o preço do Bitcoin chegou a US$ 97.700 no dia 2 de maio, o maior nível das últimas seis semanas, antes de recuar para US$ 94.000.
A frente dessa corrida está o iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, que registrou 17 dias consecutivos de entradas. Apenas nos últimos cinco dias úteis, o fundo arrecadou quase US$ 2,5 bilhões, consolidando sua liderança entre os ETFs de criptoativos nos EUA.
Mesmo com uma saída pontual registrada em 30 de abril, os ETFs de Bitcoin fecharam a semana com entrada líquida de US$ 1,8 bilhão, segundo a Farside Investors. Desde 16 de abril, houve apenas um único dia de fluxo negativo, refletindo o otimismo dos investidores com a recuperação do mercado.
O presidente da ETF Store, Nate Geraci, destacou o potencial ainda não explorado dos ETFs de Bitcoin.
“Muitas corretoras ainda impedem consultores financeiros de oferecerem esses produtos. Imagine quando essas barreiras caírem”, escreveu em seu blog no dia 3 de maio.
Enquanto isso, o mercado aguarda com atenção a decisão da SEC sobre o ETF de Litecoin, protocolado pela Canary Capital, e de outras altcoins. O veredito pode sair nesta segunda-feira, 5 de maio. Analistas como James Seyffart e Eric Balchunas avaliam que Litecoin tem boas chances de aprovação, mas uma nova postergação parece mais provável.
Além disso, o setor pressiona por regulamentação clara sobre staking em ETFs. A Crypto Council for Innovation, apoiada por gigantes como Consensys, Kraken e a16zcrypto, enviou uma carta à comissária da SEC, Hester Peirce, defendendo que o staking é um processo técnico. Assim, eles argumentam que o processo não é uma transação de valores mobiliários.
No momento, mais de 70 pedidos de ETFs de criptomoedas aguardam decisão da SEC.