Economia

Estados Unidos aplicam sanções a seis endereços de Bitcoin ligados aos ataques do Irã

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos voltou a aplicar sanções a endereços de carteiras de Bitcoin (BTC). Desta vez, o órgão adicionou nove indivíduos e seis endereços de BTC à sua lista de endereços bloqueados.

De acordo com o anúncio divulgado nesta quarta-feira (14), os seis endereços estão vinculados a dois indivíduos, Amir Hossein Nikaeen Ravari e Ahmad Khatibi Aghada. O Tesouro dos EUA acusa os indivíduos de supostamente ajudaram a desenvolver e implantar ransomware como membros da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC).

A Guarda Revolucionária é parte das forças armadas do Irã, mas tem como objetivo proteger a revolução iraniana contra-ataques. Nesse sentido, os EUA acusam Ravari e Aghada de praticar ataques ransomware para arrecadar dinheiro e ajudar o Irã a conseguir financiamento.

Criminosos ligados a ataques hackers

As sanções vieram quando funcionários do governo acusaram três indivíduos de crimes relacionados a hackers. Conforme a acusação do Tesouro, os criminosos alegadamente invadiram centenas de empresas, estadunidenses e implantaram ransomwares em várias dessas entidades.

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Em seguida, os programas invasores bloqueavam o acesso aos dados das entidades e só liberavam mediante o pagamento de um resgate. Como é comum neste tipo de ataque, os hackers costumavam exigir o pagamento em criptomoedas.

Junto com Ravari e Aghada, Mansour Ahmadi também participou das ações. Os EUA acusam o trio de invadir sites de empresas, bem como entidades de infraestrutura do governo, afirmou o Departamento de Justiça dos EUA.

Os indivíduos fazem parte de um grupo de hackers que visava hospitais, empresas de transporte e escolas. Além disso, o Tesouro acusa o grupo de coordenar um ataque cibernético contra uma concessionária de energia elétrica rural em outubro de 2021.

Com as sanções, os cidadãos e empresas dos EUA estão proibidos de receber ou enviar criptomoedas de e para os endereços citados. No entanto, parece que os donos dos endereços retiraram todo o saldo das carteiras, que agora não possuem nenhum Bitcoin.

De acordo com dados da blockchain, os endereços movimentaram 2,49 BTC entre outubro de 2021 e maio de 2022, o que equivale a R$ 260 mil em valores atuais. Vários dos endereços não estão ativos desde 2021.

EUA fecham o cerco a hackers e causam polêmica

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC) adicionou várias autoridades iranianas à sua lista de Nacionais Especialmente Designados (SDN). A medida é uma retaliação contra-ataques cibernéticos supostamente cometidos por membros do governo do Irã.

No mês passado, os EUA também baniram o mixer de criptomoedas Tornado Cash, causando uma enorme revolta em seus usuários. O OFAC diz que o mixer é utilizado por criminosos para cometer ataques hackers, como o que afetou a Ronin em março.

Por outro lado, usuários do Tornado Cash dizem que a proibição é arbitrária e viola a livre expressão. Além disso, citam que a maioria das transações realizadas no Tornado Cash tem objetivo lícitos e não criminosos/

Na semana passada, a OFAC adicionou o ministro da Inteligência do Irã, Esmail Khatib, e seu Ministério de Inteligência e Segurança, à lista da SDN por supostamente coordenar um ataque hackers na Albânia. O governo albanês sofreu um ataque hacker no mês passado e acusa o Irã de estar por trás da ação – Teerã nega o ataque.

A OFAC tem aplicado sanções contra endereços de carteira de criptomoedas há pelo menos quatro anos, desde 2018. O primeiro bloqueio atingiu dois iranianos residentes nos EUA, acusados ​​de lavar fundos para criadores de ransomwares.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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